Audiência do soldado do Maranhão acusado de matar sargento no Piauí acontece nesta sexta (07)

A sessão deverá ocorrer de forma presencial e online na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Teresina.

A audiência de instrução e julgamento do policial militar do Maranhão, Raimundo Linhares da Silva, acontece nesta sexta-feira (07). Ele é réu após ser acusado de matar a tiros o sargento da PM do Piauí, João de Deus Teixeira dos Santos, no ano passado na capital piauiense. 

A sessão deverá ocorrer de forma presencial e online na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Teresina.  Recentemente, a juíza Zilnar Coutinho havia determinado que o policial fizesse uma avaliação psicológica e psiquiátrica. Para os exames a magistrada nomeou e intimou uma perita para analisar o perfil de personalidade e o estado mental do policial. O pedido de avaliação foi feito pela defesa do acusado. 

Audiência do soldado do Maranhão acusado de matar sargento no Piauí acontece nesta sexta (07) TV Antena 10/A10+
   

Indiciado por homicídio qualificado 

O soldado da Polícia Militar do Maranhão, Raimundo Linhares da Silva, foi indiciado por homicídio doloso qualificado por motivo fútil do sargento da PM do Piauí, João de Deus Teixeira dos Santos. O crime ocorreu em novembro de 2024. A vítima passou quase uma semana internada, quando faleceu no hospital.

À TV Antena 10 e A10+, o delegado Francisco Costa, o Baretta, destacou o lastro probatório do inquérito policial, que consiste no conjunto de provas e elementos do caso apresentados pela Polícia Civil. 

"O delegado chegou a essa convicção depois de verificar todo o lastro probatório do inquérito policial. Os indícios, a oitiva de pessoas, e para não ter nenhuma dúvida ele ainda requisitou a reprodução simulada dos fatos, que é a reconstituição, onde lá foi examinada a trajetória, o trajeto do projeto, bem como a inclinação em que ele entrou no corpo da vítima. Portanto, diante disso o delegado, não hesitou em indiciar o policial militar do Maranhão", detalhou o delegado. 

Parede da residência com marcas dos disparos Ana Paula Barreira/ TV Antena 10
   

No dia do crime, a vítima e o acusado se envolveram em uma briga por causa de um carro estacionado.  "Começou justamente, segundo consta nos autos, que o policial militar estacionou o caso do sargento, o sargento não gostou, pegou o carro dele e foi lá e abarroou o carro do outro. Isso está inclusive constatado através de perícia feita pelo Instituto de Criminalística do Piauí. O policial militar foi tomar satisfação com o sargento, no caso da vítima, houve um entrevero entre eles onde sacaram as armas e começaram a atirar um no outro, onde o sargento foi ofendido, passou internado alguns dias no Hospital de Urgência de Teresina e veio a óbito", detalhou.

O delegado lamentou o fato, principalmente, pelo tiros terem sido efetuados em via pública entre dois agentes de Segurança. "Esse fato ocorreu por volta das 16h. Tiros em via pública, carros que foram danificados e outras paredes e tudo. Então, todos os sinais, todos os indícios do local do crime foram feitos. Evidentemente, que a gente lamenta uma morte dessa, violenta, inclusive entre dois homens da lei, dois homens que têm o dever de mediar conflitos. A polícia civil fez o seu trabalho", explicou.

A representação da polícia agora será analisada pelo Ministério Público, e posteriormente, pelo Poder Judiciário. "O inquérito está muito bem instrumentalizado com os indícios. Fica a cargo do Ministério Público e do Poder Judiciário de analisar todas as peças, se elas se encontram de acordo com realmente o formalismo ou se o promotor vai denunciar. Ele pode pedir o arquivamento ou pedir novas diligências", ressaltou.