O Conselho de Sentença do Tribunal do Júri condenou o líder de uma facção criminosa com atuação em Luís Correia, litoral do Piauí, a 23 anos e três meses de prisão em regime fechado. O réu, Lauricio Caetano da Silva, conhecido como “Mauricio”, foi apontado como mandante da morte de um integrante da própria facção, executado por ter quebrado o “código interno” da organização.
A sentença foi promulgada três anos depois do crime, ocorrido em janeiro de 2022. A vítima, Alisson da Silva Rosa, foi morta com cinco tiros, em Parnaíba, após ser julgada e condenada internamente pela facção. Lauricio, identificado como líder do PCC na região de Luís Correia, foi preso preventivamente em outubro de 2022, nove meses após o homicídio.
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O Ministério Público do Estado do Piauí, representado pelo promotor Márcio Giorgi Carcará Rocha, sustentou durante o julgamento que “a autoria e a materialidade do delito resultaram efetivamente comprovadas”. O Conselho de Sentença reconheceu que Lauricio mandou executar o crime por motivo torpe e usando meio que dificultou a defesa da vítima, conforme o artigo 121, §2º, incisos I e IV do Código Penal.
Na sentença, o juiz José Carlos da Fonseca Lima Amorim afirmou que o assassinato foi praticado de “maneira bárbara”, com “ingerência direta do acusado, na condição de líder de facção criminosa”. O réu deve iniciar o cumprimento da pena em regime fechado, sem direito de recorrer em liberdade.