Almir Silva, padrasto do jovem Marcos Vinícius da Costa Barros, de 17 anos, morto na noite desta segunda-feira (06) no bairro Santa Bárbara, zona Leste de Teresina, afirma que o jovem pediu ajuda antes de morrer. Segundo Almir Silva, o enteado chegou a desconfiar dos homens que estavam fora da escola e pediu ajuda ao diretor. O jovem foi morto minutos depois quando os criminosos entraram com uma motocicleta no colégio, efetuaram os disparos e fugiram tomando rumo ignorado.
"Ele pediu proteção e o diretor fez foi sorrir da cara dele. Foi antes do fato ocorrer. Ele estava dentro da escola. Quando ele saiu no pátio ele avistou os autores do lado de fora. Sei que ele voltou para trás e aconteceu isso. Eu vou dizer que ele foi pego por engano porque ele não era envolvido com nada. Ele era só do trabalho para casa, estudar e só isso. Ele foi confundido com alguém. Não tinha envolvimento com vagabundo nenhum", afirma.
A polícia realiza diligências na região para prender os autores do crime. A suspeita é que Marcos teria sido morto por engano. O líder comunitário do Residencial Árvores Verdes, Francisco Gomes afirma que no local existe uma intensa rivalidade de facções e que Marcos pode ter sido morto pelo fato de morar em um bairro predominado por uma facção e estudar em outra região, comandada pela facção rival.
"Exatamente. Nós chegamos a esse ponto da gente está andando no bairro de vizinhos e ter cuidado correndo risco de ser morto, mesmo não fazendo parte de facção de nada. Estamos pedindo segurança. Isso é trágico. Nós temos agentes que poderiam ser colocados no colégio para proteger nossos jovens. Até quantas pessoas mais vamos ter que perder? Cada dia que passa está ficando pior", explica.
Abalado com a morte de Marcos Vinícius, o padrasto desabafou em tom de indignação: "Tanta morte que já está tendo, tanto jovem que estão perdendo as vidas, era para as autoridades colocar no mínimo três ou dois policiais em cada colégio. O que custa ter? Nossos impostos estão servindo para que? É para isso. Eles estão vendo a matança acontecendo e as autoridades não tomam providências. Quer dizer que vão ter que morrer mais jovens para fazerem alguma coisa? Na época de eleição eles não tão pedindo nós? Cadê agora? Uma vida quando vai não tem mais volta", finaliza.
A polícia segue em diligências na tentativa de localizar e prender os autores do crime.