A Polícia Civil do Piauí (PCPI) divulgou, nesta terça-feira (18), mais detalhes sobre o caso de uma jovem de 19 anos, presa nesta segunda-feira na cidade de Inhuma, interior do Piauí, suspeita de dar à luz e enterrar o próprio bebê. De acordo com o delegado titular da Delegacia Regional de Polícia Civil de Inhuma, Fábio Rodrigues, a criança sofreu traumatismo craniano após o nascimento.
Segundo testemunhas, a criança foi encontrada sob a areia, com os braços e pernas à mostra e cercada por sangue. Havia fitas enroladas no corpo, além de um pano que a cobria. A genitora foi encontrada por familiares ao lado do corpo da criança e acionaram o SAMU.
“Feito o atendimento a equipe médica achou estranho as circunstâncias que se apresentavam naquele momento. Foi acionada a Polícia Civil e diante das investigações o caso começou a ser tratado como um suposto infanticídio, que é quando a própria mãe, durante ou logo após o parto e sob influência do estado puerperal, mata seu próprio filho. No decorrer das investigações essa linha investigativa começou a perder força e o caso começou a ser apontado como um possível homicídio qualificado”, explicou o delegado.
Segundo Fábio Rodrigues, vários elementos fizeram a polícia mudar a linha de investigação, dentre eles o fato de que a criança morreu após um traumatismo craniano. O delegado contou ainda que ninguém tinha conhecimento da gravidez da suspeita.
“Essa conclusão se deu de acordo com vários elementos que existem no inquérito, dentre eles a causa morte da criança, que segundo a perícia foi por traumatismo craniano. A gravidez, já no seu oitavo mês, não era conhecida por familiares ou amigos. Ninguém tinha conhecimento dessa gravidez, ou seja, estava sendo escondida por algum motivo que ainda estamos investigando”, concluiu.
A jovem deu à luz no dia 1º de fevereiro e foi presa preventivamente nesta segunda-feira, dia 17. Segundo o delegado, o inquérito está em fase final e depois será levado para o judiciário.