(Atualizada às 14h04)
Um homem identificado como Pedro Vitor da Silva Pinto, vulgo ‘Pedrão’ foi preso nesta quarta-feira (05). Segundo a polícia, ele é suspeito de liderar uma facção criminosa e matar Joycilene Nascimento da Silva, 32 anos. Ele foi localizado na Vila São Francisco, região da zona Norte de Teresina. Em entrevista exclusiva ao Balanço Geral Piauí, da TV Antena 10, o suspeito negou que tenha cometido o crime e que só falará na presença de um advogado.
"O senhor Pedro é um elemento acusado da participação da morte da moça lá da cidade de Timon, ele era o único que tava faltando ser preso. Me parece que tem quatro a cinco pessoas envolvidas. Então ele se evadiu do Maranhão pra cá e hoje conseguimos prende-lo após ordem judicial", contou o chefe de investigação do 9ª DP, Edson Campos ao A10+.
O policial relatou ainda que Pedro tentou se esconder, mas foi localizado. Ele é apontado como chefe de uma facção criminosa no Maranhão. Os pais do suspeito moram em Teresina. À TV Antena 10, o suspeito negou que tenha cometido o crime e pediu provas sobre sua suposta participação.
"Eu não matei ninguém não e também não sou líder de nenhuma facção não. As imagens não significam nada, não vê eu matando. Tem vídeo eu matando? Cadê o vídeo eu matando?", questionou. Ele ficará à disposição da justiça.
As investigações da Polícia Civil do Maranhão apontaram que Joycilene foi morta por residir em um bairro dominado por uma facção rival dos envolvidos. Eles estavam em um baile de reggae em Timon, local onde Joyci foi vista pela última vez. A vítima não tinha nenhum envolvimento com facções, passagens pela polícia ou quaisquer problemas na justiça.
Joycilene Nascimento, mãe de cinco crianças, foi encontrada morta no dia 6 de setembro no rio Parnaíba, em Teresina. Os familiares alegam que ela foi morta por engano. De acordo com testemunhas, a vítima foi abordada por algumas pessoas, que não foram identificadas, onde foi agredida, torturada e jogada no rio.
Adolescentes confessam envolvimento em homicídio
Duas adolescentes confessaram envolvimento no assassinato de Joycilene Nascimento Silva, de 32 anos. O caso aconteceu na cidade de Timon, no Maranhão, e segundo o delegado Otávio Chaves, o crime teve envolvimento de sete pessoas. Joycilene foi torturada e jogada no Rio Parnaíba após comparecer a uma festa na Rua 100, em Timon, cidade onde residia. Em entrevista ao A10+, a mãe de Joycilene Nascimento revelou magoa da irmã da vítima e que a família ficou destruída após a morte.
''Elas relataram envolvimento, alegaram que estavam sob efeito de álcool e que imaginaram que a vítima era de um bairro que predomina uma facção rival e acabaram colaborando com a morte da vítima'', afirma o delegado Otávio Chaves ao A10+.
O mistério a cerca do assassinato de Joycilene Nascimento vai sendo desvendado pela polícia. Além do envolvimento dos adolescentes, a suspeita é que pelo menos seis pessoas tenham participado do assassinato. Outro fato destacado pelas investigações é que tanto Joycilene como a irmã, Valcira Carvalho, 25 anos, não tinham passagens pela polícia ou qualquer envolvimento com facções criminosas.
''A gente não tem qualquer informação dela (a irmã), com envolvimento com crime. Ela simplesmente mora em um bairro diferente do da irmã e talvez por isso não tenha sido tão alvo como a Joycilene. Talvez ela não tenha pensado muito na hora, estavam num momento de festividade e você acha que nunca vai acontecer'', conta o delegado.
Irmã de Joycilene Nascimento fala pela 1ª vez sobre o caso: "Não sou de facção, não tive culpa"
A dona de casa Valcira Carvalho, 25 anos, falou com exclusividade com o Balanço Geral Piauí, da TV Antena 10, sobre o caso de sua irmã, Joycilene Nascimento, que foi encontrada morta no rio Parnaíba, na última terça-feira (06) em Teresina. Ela foi a última pessoa que esteve com a vítima antes dela ter sido levada por supostos faccionados para o temido 'Tribunal do Crime'.
A irmã paterna da vítima quebrou o silêncio e relembrou os últimos momentos que teve com Joycilene. Valcira citou que estava bebendo na casa da mãe da vítima e de lá elas foram para um clube de reggae, em Timon, a convite de um rapaz.
"Começamos a beber na casa da mãe dela, quando foi a noite fomos para o Clube Zagalo e de lá para outro bar, quando saímos veio o acontecimento. Conhecemos esse menino, fomos para mesa dele e de lá ele foi nos deixar na Jamaica. Eu não lembro muito bem, estava alcoolizada, ele só foi deixar e voltou, depois ficou eu e ela na mesa", narrou.
Mãe de Joycilene revela mágoa da irmã
Diferente da movimentação vista na rua de Joycilene quando a jovem ainda estava desaparecida, o que se encontra no local, 16 dias após o assassinato, é a dor da família. Em entrevista a TV Antena 10 e ao portal A10+, a mãe de Joycilene, Maria do Socorro, revela que hoje a família está destruída. Ela conta que mesmo sabendo que sua filha foi morta por jovens integrantes de facções, a mágoa maior é da irmã de Joycilene, Valcira Carvalho, que não ajudou a vítima e teria entrado em contato com a família horas depois da irmã ter sido capturada.
''Essa irmã dela não é irmã por que ela levou minha filha. Lá ela conhece todo mundo e porque que ela não se manifestou para falar é minha irmã, ela não é de nada não, ela só veio aqui mais eu, ela é casada. Por que ela correu? A mágoa que eu tenho é dela, porque que ela não veio avisar antes. Ela entrou na minha casa três vezes. Esperou amanhecer o dia para vir dizer. Friamente. Ela sabendo que esse monte de gente pegou minha filha ela sabia que mataram minha filha. Poderia ter sido evitado e minha revolta é dela que ela que levou a minha filha'', desabafa a mãe da vítima.
Joycilene deixou cinco filhas e um esposo. A mãe de Joycilene fala da dor que a família vem enfrentando: ''Nós estamos mal demais. Minhas netas, as filhinhas dela, a irmã que entrou em depressão, precisando de psicólogo e um monte de coisa. Minha filha foi que se acabou e ficou as filhas dela aí jogadas. Eu digo jogadas porque mãe é mãe. Eu não vou substituir a mãe delas, eu sou só avó. O amor de mãe elas perderam para sempre'', finalizou.
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