Ministério Público denuncia candidatura laranja e pede cassação de toda chapa do MDB em Pau D’Arco do Piauí - Bastidores
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ELEIÇÕES

Ministério Público denuncia candidatura laranja e pede cassação de toda chapa do MDB em Pau D’Arco do Piauí

Irene recebeu mais de R$ 12 mil, gastou R$ 6 mil com combustível e não conseguiu nenhum voto


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Dona Irene até fez uns vídeos para tentar mostrar que estava em campanha. Mas, não convenceu. Para o Ministério Público, ela foi uma candidata laranja na disputa pela Câmara de Vereadores de Pau D'arco do Piauí na eleição do ano passado. Para se ter uma ideia, a ex-candidata recebeu pouco mais de R$ 12.600 mil e não teve sequer o próprio voto. Com as provas coletadas, a promotora Deborah Abbade Brasil de Carvalho quer que a Justiça Eleitoral não apenas a torne inelegível por oito anos, mas casse também a chapa do MDB, incluindo o único vereador eleito pelo, Pablo Sindô, o mais votado do município com 325 votos.

Segundo a investigação, Irene teria sido inscrita sem intenção real de concorrer, servindo apenas para preencher o percentual mínimo de mulheres na chapa. Apesar de não conquistar sequer o próprio voto, sua prestação de contas apresentou despesas de R$ 6,1 mil em combustíveis, levantando suspeitas de irregularidades e possível desvio de recursos públicos. O MPE aponta que a quantidade de litros declarada permitiria percorrer uma média de quase 600 km por dia em apenas três semanas de campanha, algo considerado incompatível com a realidade de um município pequeno como Pau D’Arco.

  

Dona Irene Divulgação
   

Outro ponto levantado é que Irene teria atuado mais como apoiadora da candidatura a prefeito de Bruno Sindô (MDB) do que em sua própria campanha. Vídeos apresentados pela defesa mostram a candidata pedindo votos, mas em circunstâncias questionadas pelo MPE, que aponta contradições nas datas e no uso de veículos vinculados à prestação de contas.

O caso ficou ainda mais polêmico porque houve doações financeiras cruzadas: um dos candidatos a vereador da mesma legenda, Joelson da Silveira Furtado, teria repassado R$ 1 mil para a campanha de Irene, reforçando a suspeita de movimentação artificial de recursos eleitorais.

Diante das evidências, o Ministério Público Eleitoral pede a cassação de toda a chapa proporcional do MDB, o que inclui a anulação dos votos recebidos pelo partido e a perda do mandato do único vereador eleito pela sigla no município. Além disso, a promotoria requer a declaração de inelegibilidade de Irene Oliveira por oito anos e o encaminhamento do caso para apuração de possíveis crimes eleitorais e improbidade administrativa.

Se a Justiça Eleitoral acatar o parecer, o MDB de Pau D’Arco poderá perder seu espaço no legislativo municipal, alterando a composição da Câmara de Vereadores e o cálculo do quociente eleitoral.

Confira aqui a decisão do MP.

Fonte: Portal A10+


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Sobre a coluna

Wesslley Sales

Wesslley Sales

Jornalista, Especialista em Marketing Político, Mídias Sociais e Comunicação Produtor, Apresentador e Repórter na TV Antena10 Radialista e Redator

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