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Prefeita Laura Rosa e a secretária Luda Percy são acionadas pelo MP em investigação de irregularidades na saúde de Buriti dos Lopes

Auditoria do SUS aponta ausência de comprovação de 128 mil exames, desaparecimento de laudos, além de manipulação de dados


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O Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI) instaurou um procedimento administrativo para apurar graves irregularidades nos serviços de saúde pública de Buriti dos Lopes. A medida foi formalizada pela Portaria nº 053/2025, assinada pelo promotor de Justiça Adriano Fontenele Santos, após relatório do Departamento Nacional de Auditoria do SUS (DENASUS/MS) apontar indícios de má gestão e manipulação de dados no sistema de atendimento do município.

Segundo o relatório de auditoria nº 19712, as falhas encontradas incluem a não comprovação de mais de 128 mil exames laboratoriais, desaparecimento de laudos e livros de registros, exclusão de arquivos magnéticos e inconsistências em deslocamentos de pacientes. Também há suspeita de adulteração de informações no Sistema de Informação Ambulatorial do SUS (SIA/SUS), o que coloca em xeque a veracidade dos dados fornecidos pela administração municipal.

  
Prefeita Laura Rosa e a secretária Luda Percy são acionadas pelo MP em investigação de irregularidades na saúde de Buriti dos Lopes
Reprodução
 
 
 

O caso foi inicialmente tratado como Notícia de Fato, mas diante da gravidade das denúncias e do prazo esgotado para esse tipo de procedimento, o MPPI converteu a apuração em Procedimento Administrativo. A partir de agora, o órgão irá fiscalizar diretamente a execução dos serviços no Hospital Local e no Laboratório Municipal de Buriti dos Lopes.

O promotor determinou a expedição de ofícios cobrando explicações da prefeita Laura Rosa (PP) e da secretária municipal de Saúde, Luda Percy, esposa do ex-prefeito Júnior Percy e atual Secretário Municipal de Finanças. A ambas será exigido o envio de informações detalhadas sobre a gestão e a aplicação dos recursos da saúde.

Além disso, o Ministério Público acionou a Diretoria de Unidade de Controle, Avaliação, Regulação e Auditoria (DUCARA) da Secretaria Estadual de Saúde para supervisionar tecnicamente a situação. Cópias da portaria também foram encaminhadas ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde (CAODS/MPPI), à Corregedoria-Geral e ao Conselho Superior do Ministério Público, garantindo acompanhamento mais amplo da investigação.

Para o MPPI, as irregularidades configuram violação grave da Constituição Federal, que garante acesso universal e igualitário à saúde, além de desrespeito aos princípios da legalidade, moralidade, eficiência e continuidade dos serviços públicos.

Com isso, a prefeita e sua secretária de Saúde terão de responder formalmente sobre as inconsistências detectadas. O Ministério Público estuda, após as diligências, a possibilidade de expedir recomendações ou adotar medidas mais severas contra a gestão municipal, caso as irregularidades sejam confirmadas.


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Sobre a coluna

Wesslley Sales

Wesslley Sales

Jornalista, Especialista em Marketing Político, Mídias Sociais e Comunicação Produtor, Apresentador e Repórter na TV Antena10 Radialista e Redator

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