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O Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI) instaurou um Inquérito Civil para investigar supostos atos de improbidade administrativa e dano ao erário no município de Morro Cabeça no Tempo, no extremo Sul do estado. O caso envolve denúncias graves contra o secretário municipal de Saúde, Wilkar Marques, e foi tornado público por meio da Portaria nº 16/2025, assinada pelo promotor de Justiça Luciano Lopes Sales, responsável pela Promotoria de Justiça de Avelino Lopes.

As investigações tiveram início após o Ministério Público do Trabalho (MPT) encaminhar ao MP estadual uma denúncia sigilosa que aponta irregularidades na gestão municipal. Segundo o documento, o secretário teria exigido parte dos salários de servidores da saúde — prática conhecida popularmente como rachadinha — desde novembro do ano passado. Além disso, a portaria relata que três enfermeiras e até seis técnicas de enfermagem, contratadas de forma temporária, teriam sido demitidas sem receber suas verbas rescisórias, o que inclui uma profissional que estava grávida no momento da dispensa.
O promotor destaca que os fatos narrados configuram, em tese, violação à Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/92), podendo caracterizar apropriação ou desvio de recursos públicos, condutas que causam prejuízo ao erário e atentam contra os princípios da administração pública.
O MPPI determinou uma série de diligências, entre elas o envio de ofício ao prefeito de Morro Cabeça no Tempo e ao próprio secretário de Saúde, requisitando documentos e informações detalhadas sobre as denúncias. O órgão também comunicou a instauração do procedimento ao Centro de Apoio Operacional de Combate à Corrupção e Defesa do Patrimônio Público (CACOP), reforçando a gravidade das suspeitas.
A partir da análise das provas e dos documentos solicitados, o Ministério Público decidirá se haverá ajuizamento de ação civil pública por improbidade administrativa ou eventual responsabilização criminal dos envolvidos.