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O Hospital de Urgência de Teresina (HUT) divulgou na tarde desta quarta-feira (21), um boletim médico com informações gerais sobre o quadro clínico da da vereadora Tatiana Medeiros, encontrada desacordada em sua cela no QCG nesta manhã, após ingerir uma grande quantidade de medicamentos para pressão arterial. Ela foi encaminhada às pressas para a unidade.
De acordo com o comunicado, a parlamentar deu entrada com um quadro que motivou atendimento médico emergencial. No momento da admissão, ela se encontrava consciente, com sinais vitais estáveis, sem necessidade de suporte avançado de vida. Ela recebeu atendimento multidisciplinar e segue sob observação clínica, com monitorização contínua e assistência integral, segundo o HUT.
“Foram adotadas todas as medidas terapêuticas e diagnósticas necessárias, de acordo com os protocolos assistenciais e éticos. Em respeito à legislação vigente, especialmente à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e ao sigilo médico, não serão divulgadas informações pessoais, clínicas detalhadas ou qualquer dado que permita a identificação da paciente. O Hospital de Urgência de Teresina reafirma seu compromisso com a assistência humanizada, ética e segura”, ressaltou o hospital no comunicado.
A parlamentar está presa desde o dia 3 de abril sob a acusação de envolvimento em crimes eleitorais e com uma facção criminosa. Durante uma inspeção realizada nesta terça-feira (20), a Polícia Militar encontrou um tablet e um celular escondidos na cela da vereadora. Os dispositivos, segundo apurou o A10+, foram localizados em um compartimento improvisado dentro da cela.
O HUT adiantou ainda que atualizações sobre o estado de saúde da vereadora serão fornecidas apenas se houver mudanças significativas no quadro clínico, ‘mediante avaliação da equipe responsável e sempre em conformidade com a legislação e os protocolos institucionais’.
A Polícia Militar do Piauí informou que ela teria dito que os aparelhos foram entregues por seu advogado. Em entrevista ao A10+, o advogado Francisco Medeiros, que integra a defesa da vereadora e é também seu tio, afirmou desconhecer qualquer favorecimento na entrada dos aparelhos eletrônicos no quartel.
Vereadora segue presa
Ainda na terça (20), o ministro Nunes Marques, do Tribunal Superior Eleitoral, rejeitou o recurso em Habeas Corpus, da vereadora Tatiana Medeiros. A vereadora alegou que sua prisão preventiva deveria ser revogada por ausência dos requisitos legais e que a decisão do Tribunal Regional Eleitoral que indeferiu o seu pedido de liberdade teria se baseado, exclusivamente, na gravidade abstrata do delito, sem demonstração concreta do perigo à ordem pública ou à instrução criminal.
No entanto, para o ministro não seria possível o conhecimento de recurso ordinário contra acórdão do TRE porque a Corte é que deve analisar a eventual ilegalidade da prisão decretada, a existência dos pressupostos de garantia da ordem pública e conveniência da instrução criminal, o laudo psiquiátrico apresentado, o requisito da contemporaneidade entre os fatos imputados e a decretação da prisão preventiva e a necessidade da segregação cautelar.
O ministro Nunes Marques entendeu também que "a prisão preventiva é admissível quando fundamentada em elementos concretos que demonstrem risco à ordem pública e à instrução criminal, especialmente em casos envolvendo organizações criminosas e corrupção eleitoral.[...] Medidas cautelares diversas da prisão são insuficientes quando o grau de risco à sociedade e ao processo penal é elevado, como no caso de práticas criminosas associadas a poder político e econômico", diz trecho da decisão obtida pelo A10+.
Fonte: Portal A10+