HU-UFPI realiza primeiro implante do menor marca-passo do mundo pelo SUS no Piauí - Geral
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HU-UFPI realiza primeiro implante do menor marca-passo do mundo pelo SUS no Piauí

Procedimento também é inédito na Rede EBSERH, que integra 45 hospitais universitários do país


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O Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí (HU-UFPI) entra para a história da medicina no estado ao realizar um procedimento inédito no Sistema Único de Saúde (SUS): o implante do menor marca-passo do mundo. A intervenção pioneira aconteceu no último dia 21 e também é um marco para a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), o qual a unidade é vinculada, sendo a primeira realizada entre os 45 hospitais que integram a instituição em todo o país.

O dispositivo, chamado Micra, mede apenas seis milímetros de diâmetro e 25 milímetros de comprimento, pesando cerca de dois gramas – comparável a uma cápsula de vitamina. A cardiologista e especialista em Eletrofisiologia Clínica Invasiva, Cláudia Guarino, explica que essa tecnologia representa um grande avanço na estimulação cardíaca. “Ao contrário dos marca-passos convencionais, que exigem fios implantados pelas veias dos braços, o Micra é inserido de forma minimamente invasiva por um cateter que passa pela veia da perna até o coração”, destaca.

  

HU-UFPI realiza primeiro implante do menor marca-passo do mundo pelo SUS no Piauí Reprodução

   

A função de um marca-passo é perceber os batimentos cardíacos, gerando impulsos elétricos para estabilizar o ritmo. Além do tamanho, o Micra se diferencia por não ter os eletrodos como os convencionais, majoritariamente implantados no Brasil. Neste novo, a bateria é implantada diretamente no coração. Para se ter uma ideia, o marca-passo tradicional mede, em geral, 48 milímetros de comprimento, pesa 20g e possui dois eletrodos, um de 53 cm e outro de 60 cm.

A indicação para o uso do Micra, destacou Cláudia Guarino, é específica aos casos de obstrução das veias dos membros superiores (por onde passavam os marca-passos tradicionais); de infecção do sistema cardiovascular pelo marcapasso tradicional; e em pacientes renais crônicos, principalmente os submetidos à hemodiálise.

O cardiologista, Rafael Cardoso Jung, que também fez parte da equipe deste procedimento, ressaltou ainda que esse tipo de dispositivo está sendo estudado e vem recebendo atualizações constantes para potencializar o seu funcionamento. Os pacientes que utilizam o Micra, “precisam acompanhar a cada três meses, depois seis meses.  Realmente foi muito bom porque quanto mais frágil é o paciente, mais grave as complicações e nesse tipo de implante a taxa de complicação é menor”.

  

Procedimento também é inédito na Rede EBSERH, que integra 45 hospitais universitários do país Reprodução

   

Maria da Conceição Santos, de 77 anos, foi a paciente submetida ao implante do Micra. Desde 1996, ela utilizava o marca-passo tradicional em decorrência de problemas cardíacos pela doença de chagas, mas recentemente um dos eletrodos apresentou problema. Com quadro estável após a intervenção, Maria da Conceição já recebeu alta na segunda-feira (24) e pôde voltar à Oeiras, município onde vive. “Eu achei muito bom e estou muito bem e feliz. Toda a minha família também está muito feliz com minha recuperação. Agradeço a todos”, afirmou.

Sobre a Ebserh

O HU-UFPI faz parte da Rede da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) desde novembro de 2012. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

Fonte: Portal A10+ com informações do HU-UFPI


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