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A advogada Débora Carvalho é alvo de uma investigação que apura o crime de apropriação indébita na cidade de Picos, interior do Piauí. Débora teria sacado o auxílio-maternidade de uma cliente com uma filha autista. A Polícia Civil e Ordem dos Advogados do Brasil apuram o caso.
A cliente registrou Boletim de Ocorrência na delegacia após descobrir que o valor do seu auxílio havia sido sacado pela profissional sem o seu conhecimento. A denúncia foi protocolada também na ouvidoria da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
De acordo com a cliente, ela havia assinado uma procuração para que Débora sacasse o benefício, mas sem ter conhecimento das cláusulas. Anos depois percebeu que o valor foi retirado da conta na Caixa Econômica.
"Quando fui dar entrada no [processo] da minha menina, foi que a outra menina disse: “Você tem um salário maternidade que foi sacado”, que tinha sido ela que tinha sacado. O dinheiro tinha caído quando a menina tinha dois anos, e quando eu vim saber que o dinheiro foi sacado, a menina ja ia fazer cinco anos”, disse a cliente que preferiu manter a identidade preservada.
Débora sacou R$ 4.400 do auxílio da vítima e depois de ser cobrada pela verdadeira beneficiária repassou apenas R$ 2.050, segundo a cliente. Conforme tabela da OAB Piauí, a advogada deveria receber como honorário 30% do valor, o que corresponde a R$ 1.320,00, mas na prática ela ficou com quase 60% do valor.
Procurada pela TV Antena 10, Débora Carvalho afirmou que não deseja se manifestar e que ainda não foi oficialmente notificada pela OAB sobre o caso. O presidente da OAB Subseção de Picos, Maycon Luz, informou que os detalhes sobre o processo estão sob sigilo.
Caso as acusações sejam confirmadas, a advogada pode sofrer sanções que variam de uma advertência à cassação de sua carteira profissional.
Fonte: Portal A10+