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A audiência de instrução e julgamento da vereadora Tatiana Medeiros, o namorado Alandilson Passos, e outros sete réus entra no segundo dia no Fórum Eleitoral de Teresina.
Nesta terça-feira (25), serão ouvidas as testemunhas de defesa, após a colheita da prova testemunhal, abre-se para os interrogatórios e diligências. Posteriormente, ocorrem as alegações finais e o processo segue para sentença.

No primeiro dia, foram arroladas 12 testemunhas de acusação. Os trabalhos iniciaram às 09h30 e se encerrando por volta de 19h. A vereadora deixou o fórum, novamente, sem conceder entrevistas. O advogado de Alandilson Passos, Wilder Próspero, afirmou que a sessão ocorreu de forma tranquila.
"Audiência foi absolutamente tranquila. Enquanto defesa estou satisfeito com o que foi produzido, temos uma estratégia muito bem definida nesse processo, e vamos aguardar a decisão do Judiciário. Há discussões que não vão se encerrar no 1º Grau, e serão objetos de debate nas cortes superiores", afirmou o advogado.
Ele destacou que Alandilson teria manifestado o interesse em participar presencialmente apenas quando for interrogado, o que deve acontecer na quinta (27) ou sexta-feira (28).
A audiência
A juíza Júnia Maria Feitosa, responsável por presidir a audiência de instrução da vereadora Tatiana Medeiros, o namorado faccionado Alandilson Passos e outros réus, concedeu entrevista à imprensa momentos antes do início da primeira sessão, e afirmou não será permitida a presença da imprensa na sala de audiência para que tumultos sejam evitados e para a preservação de imagem dos envolvidos.
A magistrada explicou que haverá um colegiado na audiência por necessidade e disse que sempre que o juiz sentir que precisa de reforço, pode solicitar ajuda a essas autoridades.
Com reforço policial, a sessão ocorre no Fórum Eleitoral da capital. Pelos menos 100 pessoas devem ser ouvidas. Inicialmente, a audiência deveria ter ocorrido em outubro, no entanto foi adiada diante de um relatório que entendeu pela nulidade do Relatório de Inteligência Financeira, obtido ilegalmente.
Entenda o caso
Tatiana Medeiros foi presa no dia 3 de abril sob a acusação de envolvimento em crimes eleitorais e com uma facção criminosa. Antes de assumir uma cadeira na Câmara Municipal de Teresina, a parlamentar esteve envolvida em um escândalo sobre suposto financiamento de campanha por facção criminosa durante as eleições de 2024.
Dois meses após ser presa, teve prisão domiciliar concedida pela Justiça, após uma série de problemas de saúde. Com isso, ela deixou a cela em que estava no Quartel do Comando Geral da Polícia Militar em Teresina.

A parlamentar, envolvida com facção criminosa, enfrentou uma série de problemas de saúde, chegou a ser internada em hospital, alegou ansiedade e foi encontrada até com tablet e celular dentro da cela.
Em 22 de outubro, a Justiça do Piauí manteve as prisões da vereadora e do namorado faccionado, Alandilson Passos. A decisão foi do colegiado composto pelos juízes Júnia Maria Feitosa, José Eduardo Couto de Oliveira e Raniere Santos Sucupira, em audiência realizada.
No dia seguinte, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, confirmou que uma das provas que levou à prisão de Alandilson Cardoso é ilegal. De acordo com o documento, a reclamação foi ajuizada pelo Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI) contra decisão do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí (TJ-PI).
Prisão de Alandilson
Alandilson Cardoso Passos, namorado da vereadora eleita Tatiana Medeiros e um dos alvos da operação do Denarc contra uma organização criminosa suspeita de lavagem de dinheiro para o Bonde dos 40, foi preso em um hotel de Belo Horizonte. A ação ocorreu em parceria com a Polícia Federal. Ele estava com a vereadora no momento da prisão.
O alvo é investigado como participante das transações do mercado financeiro do grupo criminoso com a facção, que teria movimentado cerca de R$ 2 bilhões. Os criminosos usavam a revenda e locação de veículos, além da venda de peças para lavar o recurso da facção. Alandilson estava com passagem comprada em um voo para São Paulo, no momento em que foi localizado.
Fonte: Portal A10+