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O Tribunal de Justiça do Piauí julga, nesta terça-feira (18), Eduardo Alves da Luz, de 43 anos, acusado de tentar matar a ex-companheira, Joana D'ark de Alencar, de 34 anos, com diversas facadas na avenida principal do bairro Parque Piauí, zona Sul de Teresina. O crime ocorreu em dezembro de 2023.
Em entrevista à TV Antena 10 e A10+, a mãe da vítima, que prefere não se identificar, manifestou o pedido de Justiça para o caso da filha. A mulher mora distante da família por questão de segurança e acompanha a audiência de forma virtual.

"É muito triste, eu só quero justiça. Quero que ele pague porque a minha filha me deixou, nós nunca tínhamos nos separado, hoje ela vive longe por conta disso, e eu moro só com a filha dela, que foi para uma psicóloga para poder vir para cá, para enfrentar isso aqui. É muito difícil a gente ficar longe da filha da gente, há mais de anos, é horrível, ninguém queira sentir na pele. Eu vi minha filha praticamente morta, toda esfaqueada, só quero justiça", afirmou.
Os relatos de testemunhas descrevem um relacionamento conturbado com agressões, inclusive, na frente da filha. A sessão ocorre, durante esta terça-feira (18), na 3º vara do Tribunal Popular do Júri da comarca de Teresina.
Sobre o crime
A vítima foi surpreendida e esfaqueada pelo menos 12 vezes, em 07 de dezembro de 2023, na Avenida principal do Parque Piauí, zona Sul de Teresina. Um vídeo do circuito de monitoramento mostra a mulher sentada na calçada quando um homem estaciona o carro próximo a vítima e corre em direção a ela. Ele rapidamente desfere diversas facadas na mulher que tenta se defender. Depois de cometer o crime, o homem fugiu do local.
Uma mulher que não quis se identificar relatou à TV Antena 10 que a vítima, após sofrer as facadas, estava sentada e populares colocaram uma camisa para estancar o sangue: "ela estava em pé, pediu uma cadeira, sentou. Conversamos com ela e ela disse que a vista estava escurecendo. Pedimos ajuda na avenida, uma pessoa que passava colocou ela no carro e foi levada para o Promorar, depois para o HUT", afirma.
Ela relatou aos populares que tinham uma medida protetiva contra o ex-companheiro. No local do crime, foi encontrada uma faca com cabo branco, deixada pelo homem, e poças de sangue da vítima.
A vítima foi encaminhada ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT) e o estado de saúde dela era considerado grave.
Prisão do ex-companheiro
Eduardo Alves da Luz, de 43 anos, foi preso cinco dias depois do crime. Ele se apresentou na sede do DHPP na companhia de advogados. No momento, a defesa sustentou que o homem tem diabete tipo 1 e que, neste caso, ele necessita de injeções diárias de insulina para manter a glicose no sangue em valores normais.
O que diz a polícia?
Em entrevista à TV Antena 10, a delegada Nathalia Figueiredo, responsável pelo caso, relatou que Eduardo Alves usou do Direito constitucional de permanecer calado. Segundo ela, não foi a primeira vez que a vítima foi lesionada pelo criminoso. A mulher, de acordo com a polícia, não podia sequer ter rede social.
"Ele sempre foi, segundo ela, uma pessoa extremamente violenta, controladora, inclusive ela não tinha acesso a rede social, por exemplo, celular ela não tinha. Então esse arrependimento, que ele diz ter, muitas vezes é muito comum vir do agressor que encontra-se encurralado. Quem tinha que temer era ela, que não tinha vida, inclusive pra ir pro trabalho ela precisava de que um parente a deixasse, tamanho medo que ela tinha dele fazer alguma coisa e tanto que fez", disse.
Fonte: Portal A10+