Justiça nega novo pedido de liberdade a estudante de enfermagem preso com drogas avaliadas em R$ 3,5 mi no Piauí - Justiça
DECISÃO

Justiça nega novo pedido de liberdade a estudante de enfermagem preso com drogas avaliadas em R$ 3,5 mi no Piauí

A decisão obtida pelo A10+ manteve a prisão com base na gravidade concreta dos fatos e na necessidade de garantir a ordem pública


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A Justiça do Piauí negou mais uma vez o pedido de revogação da prisão preventiva apresentado pela defesa do estudante de enfermagem Leonardo Araújo Meira, preso em flagrante por tráfico de drogas no final de maio deste ano em Teresina. A decisão obtida pelo A10+ foi assinada pelo juiz Valdemir Ferreira Santos, da Central de Inquéritos de Teresina, e manteve a prisão com base na gravidade concreta dos fatos e na necessidade de garantir a ordem pública. O material apreendido foi avaliado em R$ 3,5 milhões. 

Leonardo foi preso no dia 28 de maio quando transportava mais de 32 quilos de cocaína em um veículo, de propriedade do pai. O flagrante foi convertido em prisão preventiva três dias depois, e agora, mesmo após a formalização da denúncia, a defesa buscou novamente a soltura do acusado, alegando primariedade, bons antecedentes, emprego lícito e colaboração com as investigações.

Justiça nega novo pedido de liberdade a estudante de enfermagem preso com drogas avaliadas em R$ 3,5 mi Reprodução

   

No primeiro pedido de revogação,  a defesa alegou que Leonardo é o principal responsável pelos cuidados do pai, que está hospitalizado no Hospital Getúlio Vargas (HGV), e que o investigado teria cooperado com a polícia fornecendo senhas de aparelhos e confessando os fatos. No entanto, o juiz entendeu que não houve fatos novos que justificassem a revogação da prisão preventiva e considerou a medida ainda necessária. 

Na nova negativa, o magistrado citou a grande quantidade de entorpecentes apreendida e a caracterização em tráfico interestadual, já que Leonardo admitiu ter saído de Imperatriz (MA) para realizar a entrega em Teresina. Além do fato de a droga ter sido transportada em um compartimento oculto do veículo, conforme detalhado no relatório policial. Em depoimento, Leonardo confessou que vinha realizando viagens para transporte de drogas a partir do Maranhão, tendo saído de Imperatriz (MA) em direção a Teresina. Ele revelou ainda que essa seria sua quarta viagem, sendo instruído por terceiros com quem mantinha contato por mensagens no WhatsApp.

“A liberdade do requerente se revela comprometedora à garantia da ordem pública”, destacou o juiz na decisão, acrescentando que medidas cautelares alternativas não seriam suficientes para impedir a continuidade da atividade criminosa.

O Ministério Público já havia se manifestado anteriormente pelo indeferimento do pedido, sustentando que não houve qualquer alteração no cenário fático ou jurídico que fundamentasse a soltura. Com o oferecimento da denúncia, Leonardo passa agora à condição de réu e responderá judicialmente por tráfico de drogas interestadual, crime previsto no art. 33, caput, c/c art. 40, inciso V, da Lei nº 11.343/2006, com penas que podem ultrapassar os 15 anos de prisão.

Dívida de R$ 4 mil, distribuição das drogas e orientações de traficantes

O estudante de enfermagem, Leonardo Araújo Meira, 29 anos, preso durante operação do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO) com R$ 3,5 milhões em tabletes de cocaína, revelou detalhes sobre o envolvimento com o tráfico de drogas. Ele passou por oitiva em 29 de maio. Em depoimento, ele revelou uma dívida de R$ 4 mil com traficantes e orientações que recebia do grupo para a entrega dos entorpecentes. 


Durante o interrogatório, o homem afirmou que saiu de Imperatriz, no Maranhão, pela manhã e estava a caminho de Timon, onde esperava receber instruções por WhatsApp sobre onde deixar a carga. O suspeito relatou que nunca teve contato direto com o mandante das operações, apenas se comunicava por mensagens e era orientado a aguardar em locais públicos para receber ou entregar os entorpecentes. 

O enfermeiro explicou que começou a fazer as viagens há quatro meses, motivado por uma dívida com traficantes. Somente no Maranhão, ele afirma ter feito quatro entregas. O jovem é estudante de Enfermagem, mas trabalha como motorista de aplicativo para complementar a renda. Ele disse ainda que usava seu carro, registrado em nome do pai, nas viagens para transportar as drogas.

“Eu estava devendo R$ 4 mil. Esses R$ 3 mil iam diminuir e ia ficar só mil. Posteriormente eu faria algo pra pagar os mil ou pagaria com o meu dinheiro mesmo de Uber. O dono [da droga], eu nunca via pessoalmente, ele só falava comigo pelo WhatsApp e mandava outras pessoas virem ao meu encontro”, contou.

Fonte: Portal A10+


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