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A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro provocou reação imediata de seu filho, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ).
Em publicação nas redes sociais, Carlos acusou o Judiciário de impor restrições desproporcionais e de ignorar um quadro clínico considerado grave pela família.

“Nem chefes do tráfico costumam enfrentar” as condições impostas ao ex-presidente, escreveu Carlos ao criticar o regime atual aplicado a Bolsonaro.
No texto, o vereador afirma haver laudos médicos encaminhados ao STF apontando doenças crônicas, entre elas problemas cardíacos, hipertensão, apneia do sono, refluxo severo e câncer de pele, além de crises frequentes acompanhadas de vômitos e necessidade de medicação contínua.
Segundo Carlos Bolsonaro, a manutenção de restrições prolongadas, mesmo diante desse cenário clínico, afrontaria a dignidade humana e colocaria a vida do ex-presidente em risco.
Ele também mencionou limitações de convivência, como apenas duas horas diárias de banho de sol e visitas familiares restritas a 30 minutos por semana, situação descrita como mais rígida do que a aplicada a presos de alta periculosidade.
Autorização de cirurgia
A publicação ocorreu após Moraes autorizar, na sexta-feira (19), a realização de uma cirurgia para correção de hérnia inguinal bilateral em Jair Bolsonaro.
A decisão se baseou em laudo da Polícia Federal, elaborado após perícia médica, no qual especialistas indicaram a intervenção cirúrgica como recomendação predominante entre profissionais da área.
Apesar da autorização para o procedimento, o ministro negou o pedido da defesa para conversão da pena em prisão domiciliar. Moraes sustentou que Bolsonaro cumpre pena em regime fechado e não atende aos requisitos legais para mudança de regime.
O despacho também cita descumprimento de medidas cautelares ao longo do processo, além de menção a tentativa de fuga durante período anterior de prisão domiciliar.
O ministro ainda rejeitou solicitação da defesa para flexibilizar o horário das sessões de fisioterapia, mantendo a limitação estabelecida anteriormente.
No texto publicado nas redes, Carlos Bolsonaro afirmou que, caso houvesse desvio de recursos públicos ou envolvimento comprovado em outros crimes, o destino do ex-presidente seria outro, argumento usado para reforçar a crítica ao tratamento recebido.
Para ele, o episódio revela, segundo suas palavras, o “retrato jurídico e humano do regime aplicado hoje no Brasil”.
Fonte: R7