Segundo um relatório técnico do Sebrae, o Brasil conta com mais de 10 milhões de empreendedoras. Muitos desses negócios surgem por fatores sociais, como a falta de empregos formais e a necessidade de se reinventar. Esse é o caso da enfermeira Stefany de Sá, que começou a vender doces no semáforo de Teresina para ajudar a pagar os estudos e as despesas de casa.
A jovem, de 23 anos e mãe do pequeno Pietro Henrique, realizou o sonho de se formar graças à venda de doces na faculdade e nos semáforos. Hoje, já formada, as dificuldades continuam, mas o desejo de empreender segue firme.
“Eu empreendo desde que cheguei em Teresina. Assim que terminei o ensino médio, comecei a empreender vendendo bolo no pote no condomínio onde morava. Na faculdade o pessoal foi gostando, comecei a implementar brownie, brigadeiros e ficou sendo o chodozinho do pessoal da faculdade. Todo mundo queria o brigadeiro da Stefani. E aí eu descobri que gostava mesmo de empreender. Chegou a vender na faculdade de manhã e a tarde para conseguir, pagar aluguel, água, luz, e me sustentar”, disse.
Por conta do início das férias e sem a clientela já fidelizada, Stefani passou a vender os doces no semáforo sob o sol escaldante da capital piauiense. Cada brigadeiro é cuidadosamente produzido, embalado e adesivado com sua marca. O sorriso no rosto e a simpatia são as principais armas para conquistar clientes, os quais já conhecem a história e a fama dos brigadeiros.
“Para mim compensa mais no semáforo, porque na faculdade eu vendia a unidade e aqui eu vendo 4 para uma pessoa só, porque quem come um quer comer vários”, conta.