A juíza Maria do Perpetuo Socorro Ivani de Vasconcelos, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Parnaíba, aceitou denúncia do Ministério Público do Piauí e mandou para o banco dos réus, Francisco Jefferson da Silva Cruz, mais conhecido como "Anjo da Morte", acusado de tentar assassinar o advogado André de Almeida Sousa e Silva, filho do presidente do Tribunal de Justiça do Piauí, desembargador Hilo de Almeida, após discussão em um trailer no litoral do Estado.
Conforme decisão, obtida pelo A10+, Anjo de Morte, vai responder pelo crime de tentativa de homicídio triplamente qualificado (por motivo fútil, meio cruel e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima). Caso seja condenado, ele poderá pegar até 30 anos de cadeia.
Segundo a denúncia apresentada pelo MP, na madrugada do dia 22 de março de 2023, o filho do presidente do TJ-PI estava em uma mesa com outras pessoas no bar “Gela Guela”, localizado na Avenida São Sebastião, em Parnaíba.
Em outra mesa estava Francisco Jefferson, na companhia de três mulheres, Suzana do Nascimento Gomes, vulgo “Sereia”, sua companheira, Ana Caroline Lins de Carvalho e Jordania Santos Carneiro de Brito.
Segundo as investigações, o advogado André de Almeida tentou abrir a porta do banheiro para urinar, mas já estava ocupado por Francisco Jefferson, que fechou a porta. Diante disso, a vítima se afastou e urinou fora do banheiro, atrás de uma planta, o que, segundo denúncia do MP, causou a indignação de Ana Caroline e Jordania, que passaram a xingá-lo.
Depois disso, o filho do presidente do TJ voltou para a mesa em que estava, sendo seguido pelas mulheres, ocorrendo outra discussão, que culminou na tentativa de agressão delas contra André. Na sequência, Francisco Jefferson se aproximou e empurrou a vítima, naquele momento, ocorreu uma brevíssima luta corporal. Anjo da Morte sacou a arma e efetuou disparo que atingiu o rosto do advogado.
O acusado foi preso em 25 de março em Parnaíba. Ele estava em uma casa com a esposa. No momento do cumprimento do mandado de prisão, a polícia apreendeu a arma utilizada no crime contra o advogado, um veículo com registro de roubo e furto e aparelhos celulares.