A juíza Maria Zilnar Coutinho Leal, 2º Tribunal do Júri, condenou a 12 anos de reclusão o ex- policial militar Max Kellysson Marques Marreiros por tentar matar a tiros a próprima vizinha no anos de 2022.
De acordo com a magistrada, ele invadiu a residência da mulher e lá a agrediu, "assim a fez experimentar uma verdadeira cena de terror. Além das lesões sofridas, a ação do acusado importou em traumas psicológicos para vítima", destacou.
Diante dos autos, por cada uma das circunstâncias avaliadas em desfavor do acusado, resultou a pena de 18 (dezoito) anos de reclusão, que foi reduzida para 12 anos, considerando a ausência de outras circunstâncias.
"Justifica-se a redução no percentual mínimo, porque muito próximo esteve o acusado da consumação do homicídio. Acrescente-se que a última investida que fez contra a vítima, bem próximo esteve do resultado morte. A vítima declarou que já estava com a visão embaçada porque estava sendo enforcada pelo acusado, quando vizinho intercedeu e ela conseguiu ter acesso ao elevador", explicou a juíza.
Além do crime de homicídio tentado, ele também foi condenado por crime de injúria (1 mês e 15 dias), dano (1 mês e 10 dias), e Difamação (04 meses e 30 dias-multa).
Com sentença, ele foi encaminhado para a Penitenciária Irmão Guido para cumprimento da pena em regime fechado imposta pela Justiça.
"O acusado se encontra segregado e nesta condição deverá permanecer, pois, persistem os requisitos e pressupostos legais autorizadores da manutenção da sua segregação cautelar, porquanto, já demonstrou a sua propensão à prática de atos ilícitos; é violento e agressivo; numa só noite praticou diversos crimes contra a vítima. O seu comportamento agressivo e violento desautorizam a substituição da prisão por medidas cautelares diversas do encarceramento, porque se mostram insuficientes à manutenção e à paz que a ordem pública exige", concluiu a magistrada.
Julgamento anulado
Em junho do ano passado, Max Kellysson chegou a ser condenado a mais de 12 anos de prisão pelo crime, mas o primeiro julgamento foi anulado em julho deste ano após contestação da defesa do acusado acerca da sentença.
Além da agressão física, o acusado ainda responde pela morte do técnico em radiologia Rudson Vieira Batista da Silva, durante uma briga em um bar em dezembro de 2019.