À TV Antena 10, Rafael Fonteles faz balanço de 2 anos de governo e responde críticas sobre o Porto e empréstimos; ASSISTA! - Bancada Piauí
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À TV Antena 10, Rafael Fonteles faz balanço de 2 anos de governo e responde críticas sobre o Porto e empréstimos; ASSISTA!

Governador explicou que cerca de 80% do seu programa de metas já foi cumprido; entrevista foi concedida à Bancada Piauí nesta terça (25)


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O governador Rafael Fonteles (PT) participou, na tarde desta terça-feira (25), do programa Bancada Piauí, da TV Antena 10. Durante a entrevista, ele fez um balanço dos dois primeiros anos de gestão, abordando obras, infraestrutura e as principais conquistas do período. Fonteles explicou que cerca de 80% do seu programa de metas já foi cumprido e citou as forças de segurança, que receberam um grande reforço nesse período, a exemplo da Polícia Militar. O gestor ressalta que tem cobrado resultados e a equipe administrativa tem correspondido.  

"Nós já alcançamos praticamente 80% das cerca de 170 metas, 170 compromissos que eu assumi quando participei da campanha eleitoral de 2022. Então eu realmente tenho feito uma gestão baseada em indicadores, baseado em resultados, cobro muito isso da equipe e a equipe tem correspondido e a gente tem alcançado indicadores muito importantes. Claro que cada área tem o seu destaque, eu cito por exemplo, a ver com essa semana inclusive, uma meta que era muito ousada que era contratar 4 mil novos homens e mulheres para as forças de segurança. Nós já estamos chegando em 3 mil", destacou. 


Questionado sobre a relação com a Prefeitura de Teresina, o governador destacou que a gestão passada causou um desencontro administrativo entre a Secretaria Estadual de Saúde e a Fundação Municipal de Saúde, especialmente na regulação, um tema que gera críticas da população. Com a gestão Silvio, Fonteles afirma que há avanços nesse sentido. 

"Agora com a nova gestão do prefeito Silvio Mendes, do presidente da FMS, Charles Silveira, há um diálogo intenso com o nosso secretário Antônio Luiz, e eu creio que nós estamos avançando bastante nessa área. É uma área que a população reclama e com razão da regulação entre os sistemas municipais e o sistema estadual, porque o próprio SUS, ele prevê exatamente isso, a cooperação federativa. Até porque há serviços que são prestados pelas prefeituras, notadamente a atenção básica nas unidades de saúde, no caso de Teresina, tem inclusive um hospital de urgência de Teresina muito importante aqui para a capital e nós temos um estado com hospitais de média e alta complexidade funcionando dentro da capital atendendo obviamente pacientes da capital e do interior do estado. Essa comunicação tem que ser sim melhorada para a gente resolver em definitiva essa problemática que tanto gera sofrimento para a nossa população", afirma. 

Rafael Fonteles ressaltou ainda a importância da tecnologia na saúde, que é uma grande aposta através do programa Piauí Saúde Digital, plataforma de atendimento de cidadãos em especialidades médicas em 223 municípios piauienses. "Tem ajudado muito nesta regulação no interior do estado. Queremos que também aqui na capital aconteça essa harmonia no que diz respeito à regulação do sistema de saúde", completa. 

  

governador Rafael Fonteles participou, na tarde desta terça-feira (25), do programa Bancada Piauí TV Antena 10

   

Porto Piauí e as críticas da oposição 

Rafael Fonteles afirma que respeita as críticas da oposição e são elas que fazem o governo querer sempre acertar mais. Quanto ao Porto Piauí, o gestor foi franco ao falar que há pessoas que criticam e até torcem contra, no entanto, destaca que o avanço está à todo vapor. O gestor afirma que logo no primeiro ano de gestão, houve o avanço da profundidade do porto, que atualmente o calado conta com 7 a 9 metros de profundidade. 

“Eu sempre digo que o papel da oposição ajuda o governo a acertar mais. Então algumas pessoas, de fato, eu não acredito. Algumas torcem contra. Mas o fato é que nós continuamos o nosso caminho de realmente industrializar o estado do Piauí, mudar a logística do Piauí. E o porto é um elemento fundamental. E ele segue a todo vapor. Primeiro, nós desmistificamos, logo no primeiro ano do nosso mandato, a história de que o porto não tem calado, não tem profundidade. Então rapidamente nós conseguimos colocar a profundidade em nove metros. Sete a nove metros”, argumenta.

  

Piauí terá R$ 1 bilhão para investimentos no Porto Piauí e hidrovia do Rio Parnaíba Divulgação

   

A segunda etapa foi a administrativa, que mesmo sem inauguração, já há a estrutura administrativa atuando no local. A terceira foi o berço de atracação, com um cais de 150 metros.

“O primeiro berço de atracação foi concluído agora. Um cais de 150 metros por 30 metros, uma obra de engenharia muito importante que já vai ser inaugurado, está pronto. E agora já começamos a licitação das retroáreas para as atividades específicas quais são as atividades específicas do terminal pesqueiro que era o projeto original, depois é que nós passamos a sonhar e trabalhar por algo muito maior terminal de possíveis derivados de petróleo. Todas essas já tem presas que já arremataram a oportunidade de explorar aquela  retroárea a parte de containers, a parte de grãos e a parte de ferro e também a futura parte dos derivados de hidrogênio. Então nós teremos realmente um pouco não apenas operacional, mas com múltiplas missões", afirma. 

Por fim, Rafael Fonteles destacou que empresários de fora demonstram mais confiança no projeto do que a própria população local. Ele disse compreender essa postura, já que se trata de uma obra de 50 anos, mas reforçou que essa transformação já está se tornando realidade no Piauí.

“Então nós estamos cada vez mais próximos, animados, otimistas e, às vezes tanto, que santo de casa não opera milagre. Mais empresários de fora acreditam, às vezes, mais do que pessoas do próprio Estado, até porque realmente a gente tem que compreender. É um sonho de mais de 100 anos. O porto está sendo construído há 50 anos. Então é natural que algumas pessoas questionem, duvidem e torçam, às vezes, até contra, porque não querem acreditar nesta realidade que está surgindo diante dos nossos olhos”, finaliza. 

Pacto pela Ordem na prática 

Na entrevista, o governador comentou o que seria na prática o Pacto Pela Ordem, lançado nesta segunda-feira (24). Para o gestor estadual, os últimos investimentos na segurança já refletiram na queda de índices de criminalidade e a iniciativa prevê maior integração entre os poderes e instituições, com uso de inteligência, alterações legislativas e atuação mais direta dos órgãos de segurança.

  

Durante a entrevista, ele fez um balanço dos dois primeiros anos de gestão TV Antena 10

   

“A política está sendo bem sucedida, mas nós não estamos satisfeitos. Queremos ainda melhores resultados e para isso precisamos endurecer o combate a criminalidade, sobretudo a criminalidade organizada e nós preparamos esse pacto pela ordem que consiste, além do maior engajamento dos vários atores envolvidos na política de segurança pública, que é a responsabilidade nossa do governo do Estado, mas vários atores são importantes nesse processo e podem e deve contribuir. E também alterações legislativas para fortalecer o combate à criminalidade, fechando brechas que os criminosos ainda usam para conseguir não cumprir a pena, melhorando, endurecendo a fiscalização no trânsito que hoje mata mais do que homicídio", ressalta. 

Hidrogênio verde e as mudanças estruturais a longo prazo

O gestor estadual aproveitou o espaço para destacar a importância do hidrogênio verde. Fonteles ressaltou que grandes mudanças estruturais, capazes de transformar o desenvolvimento de um lugar, ocorrem a longo prazo.

"Nós estamos realmente com uma obsessão de industrializar o Estado do Piauí, que nunca teve uma industrialização realmente muito forte. E é a indústria, a agregação de valor que muda o patamar econômico de um lugar. Então, por isso que a gente foca na agroindústria lá no Cerrado, frigoríficos, laticínios, usinas de biocombustíveis, na área de energias renováveis. Nós já somos um grande terceiro maior produtor de energias solar e eólica. Isso já existe. Isso é fato. Mas nós não queremos só produzir energia. Nós queremos industrializar o Estado a partir dessa energia. E o passo mais natural, qual é? A produção do combustível derivado. Da usina eólica, da usina solar, que é o hidrogênio, que quando ele é consumido, não gera gás carbônico, e, portanto, é o hidrogênio verde, limpo”, afirma. 

  

Cronograma para instalação de usina de hidrogênio verde segue e obras devem iniciar em maio de 2025 Foto ilustrativa

   

Com isso, o gestor relembra a assinatura da resolução que autoriza a instalação do maior projeto de hidrogênio e amônia verde no litoral do Piauí. O documento foi assinado pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, na semana passada. O empreendimento, liderado pela empresa Solatio, representa um investimento de R$ 27 bilhões e deve gerar cerca de 3 mil empregos diretos e indiretos. A unidade será instalada na ZPE de Parnaíba, consolidando o estado como referência em energia renovável.

“A última etapa burocrática que falta é a autorização do sistema elétrico. O operador nacional do sistema elétrico permite a conexão na subestação de Paraíba. Para vocês terem uma ideia, essa indústria vai consumir sozinha mais do que todo o estado do Piauí consome hoje. Então, não é algo simples, é complexo, mas deve sair nas próximas semanas. E aí, sim, a indústria vai começar a ser instalada na ZPL de Paraíba, num projeto que demora de dois a três anos para poder ele ficar operacional. Então, são investimentos de longo prazo, tanto na agroindústria, na indústria verde, na logística com o porto e com a hidrovia. Então, tudo isso são mudanças estruturantes, e não acontece da noite pro dia. Mas se a gente não plantar, não regar agora, a gente nunca vai tornar o nosso estado industrializado, e, portanto, com uma nova base econômica. E nisso, eu acredito, já vi vários outros lugares fazer esse percurso no mundo, e o Piauí também vai fazer”, anuncia.

Investimentos na malha rodoviária

No Bancada, Rafael Fonteles também destacou o investimento de mais de R$ 2 bilhões na malha rodoviária estadual, tornando-a uma das melhores do Norte/Nordeste. O líder do Executivo estadual afirmou que, por onde passa, está sempre entregando uma revitalização ou inaugurando uma nova via.

  

Com entrega da PI-305, Governo do Piauí já recuperou 90% da malha rodoviária do estado Divulgação

   

“Nós investimos mais de dois bilhões de reais, tanto que nós temos a melhor malha rodoviária estadual do norte-nordeste do país. nós estamos fazendo trechos novos, como o Beneditinos à prata. É uma reivindicação antiga daquela região. Vai beneficiar a comunidade inteira e o entorno. E são várias obras simultâneas sendo feitas. Onde eu viajo eu estou inaugurando uma rodovia revitalizada ou um trecho novo. São quase 9 mil quilômetros de rodovias estaduais. As rodovias federais chegam a 3 mil quilômetros. As estaduais são 9 mil km. E nós estamos com 90% com a condição boa ou ótima das rodovias. Inclusive um trecho muito ruim lá no Cerrado, que é de Uruçuí, Antônio Almeida Marcos Parente. Nós já demos a ordem de serviço para recuperar todinho esse trecho de 110 quilômetros”, disse. 

ICMS zerado no Piauí

Na entrevista, Fonteles foi questionado sobre a imagem do governo Lula e a queda na popularidade apontada pelas pesquisas. Um dos principais fatores seria o alto custo dos alimentos. O governador destacou que a contribuição do Piauí foi a isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para produtos da cesta básica, medida que entra em vigor em 1º de abril e visa aliviar os gastos da população.

“A redução do imposto é uma contribuição do governo do Estado, no caso aqui, que zerou o ICMS e vários itens alimentícios, como arroz, feijão, ovos, leites, orques, frutas, para ver se reduzindo o custo, porque quando você reduz o tributo, reduz o custo, esperamos que isso reduz o preço, mas na verdade o preço é decidido pelo mercado, o governo não intervém no preço que um mercado vem de uma mercadoria, mas o tributo está sendo reduzido, zerado. Então é uma contribuição para diminuir o preço, mas o mais importante que eu acho é o arrefecimento do dólar, diminuir a cotação do dólar, porque aí desestimula a exportação e favorece o mercado interno, mais oferta do mercado interno, tende a diminuir preços e o aumenta a produção de alimentos. Esperamos uma safra recorde no Brasil esse ano, então isso pode também; maior oferta reduzir preço para os alimentos é isso que nós contamos os próximos meses”, destaca. 

Piauí e as operações de crédito

Rafael Fonteles também abordou as operações de crédito realizadas pelo estado, um dos pontos questionados pela oposição. O governador ressaltou que essas operações refletem a capacidade de pagamento do Piauí, permitindo a aceleração de obras em diversas áreas e reforçando a solidez das finanças públicas.

“Só consegue quem demonstra capacidade de pagamento e de endividamento para o Tesouro Nacional. Se você observar, poucos estados conseguem, a cada ano, ter operações de crédito. Portanto, nós temos direito de ter financiamento para acelerar investimentos. Então, ao invés de eu esperar anos para fazer a recuperação de uma estrada, eu faço logo, porque eu tenho a condição de financiar essa obra, que é boa para o povo e boa para a economia do Estado. Então, operação de crédito, quem consegue com a aval da união, é sinônimo de boas finanças públicas”, reitera. 

Fonteles pontua que é por isso que o Piauí avançou em obras, melhores estradas, segurança pública e entre outros fatores.  “Por isso que nós temos a melhor malha rodoviária do norte-nordeste, por isso que nós temos 512 escolas em tempo integral e 300 obras na educação simultaneamente sendo feitas. Por isso, nós estamos ampliando o Hospital de Parnaíba, o Hospital de Floriano, o novo Hospital de Picos, os hospitais de médio porte no interior do estado. Por isso nós temos investido em infraestrutura da segurança pública, em videomonitoramento, em viaturas. É exatamente porque nós temos capacidade de investimento e capacidade de financiamento para antecipar investimentos que demorariam anos para serem feitos e podemos fazer agora exatamente porque fizemos o dever de casa”, completa. 

Fonte: Portal A10+


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