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Vinte e seis anos após um dos episódios mais brutais da segurança pública no Piauí, a Assembleia Legislativa do Estado (Alepi) aprovou, nesta semana, um projeto de lei que promete trazer, ainda que tardiamente, algum alívio às famílias das vítimas da Chacina da Meruoca. O projeto, de autoria da deputada estadual Ana Paula (MDB), propõe o pagamento de pensão vitalícia aos familiares dos quatro homens assassinados por engano durante uma operação policial em janeiro de 1999.
A proposta foi aprovada em plenário e agora segue para sanção do governador Rafael Fonteles. A medida prevê o pagamento de cinco salários mínimos por mês, além de 13º salário anual, às viúvas, filhos e mãe das vítimas Vanderli Correia da Silva, Aires José da Silva, Luís Paulo Cronemberger e Manoel Pereira de Sousa.
A tragédia aconteceu quando agentes do antigo Comando Corisco e do COE (Polícias Civil e Militar) realizavam buscas por assaltantes de banco na região entre Teresina e José de Freitas. Na ação desastrosa, os quatro homens, todos inocentes, foram confundidos com criminosos e executados.
Segundo o texto aprovado, a pensão será paga individualmente: à viúva e filhos de Manoel Pereira de Sousa, à viúva e filhos de Luís Paulo Cronemberger, à mãe de Aires José da Cunha e à viúva e filhos de Vanderli Correia da Silva.
O presidente da Alepi, deputado Severo Eulálio, encaminhou a mensagem aprovada ao governo, reforçando o reconhecimento oficial da responsabilidade civil do Estado no massacre.
O projeto representa uma tentativa do poder público de reparar, ainda que parcialmente, o dano irreparável causado a essas famílias, que desde 1999 lutam por justiça e reconhecimento.
O caso estava parado. Mas, em 2015 a TV Antena 10 produziu uma série de reportagens mostrando todos os detalhes, reconstituindo a Chacina da Meruoca, ouvindo jornalistas e policiais, além do apelo de familiares das vítimas para que o Estado reconhecesse o erro e as indenizações pudessem ser pagas.
Fonte: Portal A10+