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Em busca de votos do eleitorado piauiense que deu mais de 74% para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), desembarca em Teresina no próximo sábado (15). Esta será a 1ª visita do mandatário à capital piauiense desde quando foi eleito presidente da República em 2018.
A menos de 20 dias para o 2º turno da eleição presidencial mais acirrada desde a redemocratização, Bolsonaro (PL) tenta angariar votos de eleitores do Nordeste, reduto do PT e que garantiu a vitória de Lula no 1º turno - principalmente no Piauí - estado onde o petista teve 74,25%, o maior percentual de votos do candidato em todo o país. Bolsonaro obteve 19,90%.
No próximo sábado (15), como anunciado pelo ministro Ciro Nogueira, Bolsonaro desembarca em Teresina. Na capital, ele se reunirá com militantes e apoiadores. Mesmo com uma possível vantagem do petista na região Nordeste, o presidente tem buscado apoio de lideranças nos estados para tentar diminuir a diferença contra Lula no 2º turno, marcado para acontecer no próximo dia 30 de outubro.
No Piauí, a base governista tem apostado que Lula vencerá com 80% dos votos, tendo em vista que o petista só terá como concorrente, Jair Bolsonaro. A diferença é a visita, até então inesperada, que deverá impactar de forma positiva na campanha do presidente, isto porque ele vem ao estado considerado “mais lulista” em busca de conquistar os votos daqueles eleitores que não querem um possível retorno do PT à presidência, e dos indecisos que podem definir a eleição, já que o número de abstenção no 1º turno foi grande.
No Piauí, Bolsonaro ganhou apoio do 2º colocado na disputa estadual
Em meados de agosto, Bolsonaro só tinha o apoio declarado no Piauí do coronel Diego Melo (PL), que mesmo com seus 3% - conforme pesquisas - fazia campanha e pedia votos para o presidente. Após a eleição do 1º turno, que resultou na vitória de Rafael Fonteles, do PT, com mais de 57% dos votos, o segundo colocado Sílvio Mendes (UB), que não associava sua imagem a de Bolsonaro, dias depois anunciou adesão ao “capitão” em um 2º turno contra o ex-presidente Lula.
A expectativa é que no sábado (15), Sílvio Mendes, que conquistou quase 42% no 1º turno, suba ao palanque e peça votos “explicitamente” ao presidente Bolsonaro que, mesmo com a forte concorrência no estado, não desistirá da tentativa de angariar votos daqueles que não querem Lula de volta ao poder.
Além do apoio do ministro Ciro Nogueira, que comanda a oposição no Piauí, Bolsonaro deverá ser recepcionado em Teresina por Sílvio Mendes, Coronel Diego Melo e Joel Rodrigues. Lideranças que conseguiram tirar votos do PT e, apesar de ter ficado em 2º lugar, os que concorreram se fortaleceram para os próximos pleitos, seja municipal ou estadual.
Cientistas políticos ouvidos pelo A10+ citaram que a visita de Bolsonaro ao Piauí, especificamente em Teresina, poderá trazer mais votos ao candidato do PL, que mesmo tendo recebido quase 20% no 1º turno, lutará para garantir novos eleitores e diminuir a diferença contra seu principal concorrente Lula (PT).
Disputa indefinida em uma eleição polarizada
Desde a redemocratização, o Brasil nunca teve uma eleição tão acirrada como esta. Pela primeira vez, dois candidatos - que já foram presidentes - disputarão o 2º turno da eleição presidencial. De um lado, Jair Bolsonaro (PL), que tenta a reeleição após um período pândemico e a retomada da economia. Do outro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que comandou o Brasil por duas vezes, foi preso, teve suas condenações anuladas e voltou a ser elegível.
Agência Brasil
No primeiro turno, Lula obteve 57.259.504 votos (48,43%) e Bolsonaro 51.072.345 votos (43,20%). A vitória de um deles será decidida no próximo dia 30 de outubro em um segundo turno acirrado e com uma indefinição sobre quem será eleito.
De acordo com a corte eleitoral, os votos válidos totalizaram 118.229.719. A abstenção foi de 20,95%. Os votos nulos alcançaram 2,82% do total de votos. Já os votos em branco somaram 1,59%. Foram apuradas 472.075 seções eleitorais.
Fonte: Portal A10+
