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A exumação do corpo do músico baixista Carlos Henrique, que morreu em um acidente trânsito em maio de 2024, na zona Leste de Teresina, foi realizada na manhã desta sexta-feira (17). Será feito um novo exame cadavérico, a pedido da família, para apurar se o jovem morreu após o acidente ou por disparo de arma de fogo.
O caso foi investigado e teve como resultado da causa morte o acidente entre dois carros. No laudo consta que ele teria sido arremessado do veículo logo após o impacto. Em entrevista à TV Antena 10, no entanto, a mãe do músico lamentou ter que reviver essa dor mais uma vez, mas disse que é necessário, pois não acredita que o filho tenha sido vítima do acidente. Ela diz que chegou a ser informada, no hospital, pelo médico responsável que o filho teria sido baleado na cabeça, o que posteriormente foi descartado pela polícia.
"É um momento muito dolorido, a gente não queria viver tudo isso de novo e é necessário porque não acreditamos. Eu como mãe não acredito que Carlos Henrique sacou fora, porque eu não vi as imagens. Tantos acidentes que têm e eles mostram as imagens, e do Carlos Henrique não tem, só tem imagem de uma farmácia", disse.
Entre emoção e lágrimas, a mulher disse que não é possível trazer o filho de volta, mas que precisa saber da verdade e esse é o único desejo da família. "A gente só quer saber a verdade, só a verdade! Já foi tão dolorido a gente vir aqui (cemitério), para deixar ele aqui e agora voltar de novo para desenterrar. O desejo do meu coração era levar meu filho de volta pra casa, porque naquela noite eu esperava meu filho voltar, como todas as noites ele voltava pra casa. Ele não voltou, ele só deixou muita saudade", lamentou.
Durante a entrevista, ela chegou a afirmar que hoje faz tratamento psicológico, principalmente por não ter tido apoio após o caso, e que precisa de remédios para "sobreviver" à dor.
"Hoje eu e o pai dele fazemos tratamento psicológico, a gente não teve apoio de ninguém, só do nosso Pai Eterno. Hoje tomamos remédios para passar o dia e tentar sobreviver, porque é uma dor insuportável, só sabe essa dor quem sente, eu não queria sentir, mas infelizmente fui obrigada, então só queria saber a verdade, somente a verdade", finalizou.
Ainda não há previsão para divulgação do laudo da exumação.
O juízo entendeu que era pertinente uma exumação
À TV Antena 10, o Perito-Geral da Polícia Técnico-Científica do Piauí, médico legista Antônio Nunes, afirmou que não há dúvidas quanto à causa da morte do músico. Segundo ele, a equipe pericial realizou a abertura do crânio da vítima e todos os procedimentos necessários para confirmar a causa mortis.
“O juízo entendeu que era pertinente uma exumação. Da parte da perícia não temos nenhuma dúvida do que ocorreu, é importante que se diga que não é uma dúvida da perícia. Foi feita a perícia no local, no veículo, foi feita uma reprodução simulada no local e um exame cadavérico minucioso em que, inclusive, olhou as lesões que supostamente se têm dito que foi por projétil de arma de fogo. Essas lesões foram observadas pelo médico legista Dr. Lisboa. Além disso, abriu a cabeça e olhou dentro, tirou o cérebro. Não há como fazer isso e não encontrar um projétil se não esteja ali. Portanto, não foi encontrado nenhum buraco nesses ossos nem no cérebro. Além de examinar o resto do corpo”, disse o perito à TV Antena 10.
A reviravolta no caso
O caso do músico Carlos Henrique sofreu uma reviravolta após um laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) apontar que no corpo da vítima não foi encontrado projéteis de arma de fogo. O músico faleceu em decorrência dos ferimentos provocados após uma forte colisão no veículo onde ele estava. A primeira versão apontava que a vítima teria sido atingida por uma bala perdida na cabeça, mas a TV Antena 10 e o A10+ apuraram que, diferentemente do que foi repassado por testemunhas, a perícia não encontrou perfurações de tiro no corpo do músico e nem marcas nos veículos envolvidos no acidente.
Carlos Henrique estava em um veículo que foi atingido violentamente por um SUV dirigido por criminosos que fugiam da polícia na Av. Presidente Kennedy com Av. Dom Severino, na zona Leste de Teresina, na madrugada desta quinta-feira (30). Após a colisão dos veículos, os bandidos iniciaram uma troca de tiros com os policiais. Testemunhas haviam relatado que o músico teria sido atingido por uma bala perdida na cabeça, no entanto, essa versão muda com o laudo do IML que aponta que o músico não foi atingido por disparos. A reportagem levantou também que a morte foi em decorrência de uma ação contundente.
O A10+ apurou que Carlos Henrique teve o pé cortado, baço e fígado machucados, além de costelas quebradas e a cabeça com um corte profundo o que teria, inicialmente, provocado o boato de que ele havia sido baleado. A suspeita é que o ferimento ocorreu após a colisão dos veículos. A família da vítima está consternada com o caso.
Fonte: Portal A10+