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O corpo do músico Carlos Henrique de Araújo Rocha, de 24 anos, será exumado nesta sexta-feira (17) para um novo exame cadavérico. A medida foi determinada pela Justiça a pedido da família para esclarecer dúvidas sobre as circunstâncias da morte do artista após um acidente de trânsito em maio de 2024. A primeira versão do caso apontava que o música tinha sido morto por uma bala perdida, mas o caso teve uma reviravolta após um laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) apontar que no corpo da vítima não foi encontrado projéteis de arma de fogo.
À TV Antena 10, o Perito-Geral da Polícia Técnico-Científica do Piauí, médico legista Antônio Nunes, afirmou que não há dúvidas quanto à causa da morte do músico. Segundo ele, a equipe pericial realizou a abertura do crânio da vítima e todos os procedimentos necessários para confirmar a causa mortis.
“O juízo entendeu que era pertinente uma exumação. Da parte da perícia não temos nenhuma dúvida do que ocorreu, é importante que se diga que não é uma dúvida da perícia. Foi feita a perícia no local, no veículo, foi feita uma reprodução simulada no local e um exame cadavérico minucioso em que, inclusive, olhou as lesões que supostamente se têm dito que foi por projétil de arma de fogo. Essas lesões foram observadas pelo médico legista Dr. Lisboa. Além disso, abriu a cabeça e olhou dentro, tirou o cérebro. Não há como fazer isso e não encontrar um projétil se não esteja ali. Portanto, não foi encontrado nenhum buraco nesses ossos nem no cérebro. Além de examinar o resto do corpo”, disse o perito à TV Antena 10.
O músico estava como passageiro em um carro por aplicativo quando um outro veículo atingiu os dois. O veículo que vinha em alta velocidade estava sendo pilotado por criminosos que fugiam de uma perseguição policial. Após a colisão dos veículos, o grupo de criminosos iniciou uma troca de tiros com a polícia. Após a colisão dos veículos, o grupo de criminosos iniciou uma troca de tiros com a polícia.
Testemunhas haviam relatado que o músico saiu do veículo e teria sido atingido por uma bala perdida na cabeça. Na época a versão foi corroborada pelo Hospital de Urgência de Teresina que havia informado que a equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que prestou o socorro inicial, afirmou que o paciente havia sofrido uma perfuração de arma de fogo na região da cabeça.
Reprodução
Já o laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que o músico faleceu em decorrência de politraumatismo e lesões por ação contundente, provocados após a forte colisão no veículo onde ele estava. Além disso, no corpo da vítima não teria sido encontrado projétil de arma de fogo. O perito destacou que foram feitos todos os procedimentos que confirmaram que não havia ferimentos ou projéteis de bala no corpo da vítima.
“A perícia, além de afirmar o que viu, serra a cabeça ao meio e olha por dentro, antes disso você tira o escalpo - pega o couro cabeludo e arranca e vê o osso todo e olha dentro. Não tem como não ver um buraco de bala. Foi feito tudo isso e não viu buraco de bala nenhum. Essas fotos estão nos laudos… Isso é uma dúvida processual, foi determinada fazer a exumação e a nós cumpre fazer a determinação do juízo, mas deixando claro que a perícia não tem dúvida desde o primeiro laudo”, detalhou.
O laudo pericial do IML comprovou que ele teria falecido em decorrência dos vários ferimentos sofridos. Na ocasião, o jovem teve o pé cortado, baço e fígado machucados, além de costelas quebradas e a cabeça com um corte profundo. Consternada com o caso, a família contesta a versão da perícia.
Fonte: Portal A10+