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Cortes nobres de carne bovina apresentaram redução de preços em outubro. Segundo o IPS (Índice de Preços dos Supermercados), o contrafilé teve uma queda de 2,63%.
O filé mignon teve redução, de 1,79% no mês, a alcatra, de 1,67%, e a picanha, 0,74% a menos em outubro.

O índice é calculado pela Apas (Associação Paulista de Supermercados), em parceria com a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
Projeção
A Apas avalia que as carnes bovinas devem chegar ao final de 2025 com uma redução acumulada de 1,05%. No acumulado em 12 meses, a deflação prevista é de 0,7%.
Entre os cortes nobres, a projeção de maiores reduções para o acumulado de 2025 devem ficar para o filé mignon (-15,43%), a picanha (-7,76%), a alcatra (-2,15%) e o contrafilé (-1,91%).
O preço da carne é influenciado por fatores, como o ciclo da pecuária, condições climáticas, oferta e demanda e o comportamento do câmbio.
Neste ano, a carne registrou recuo nos preços desde março, mas a expectativa é de novas pressões de alta. A demanda aumenta com as festas de fim de ano.
Neste mês, o Estados Unidos retiraram a tarifa adicional de 40% sobre a carne bovina brasileira exportada para o país.
Valorização
O economista-chefe da Apas, Felipe Queiroz, destaca que a subcategoria da carne bovina acumulou uma alta de 0,35% em outubro. Isso pode ser explicado pela valorização da carne brasileira no cenário internacional.
“As exportações brasileiras de carne bovina alcançaram US$ 1,77 bilhão em outubro, um avanço de 41% na comparação com o mesmo mês do ano passado. O desempenho reforça a competitividade do agronegócio brasileiro”, avalia Queiroz.
Para ele, o avanço demonstra capacidade de adaptação do setor em um ambiente global marcado por incertezas. “Mesmo diante de tensões geopolíticas e políticas comerciais mais protecionistas, o Brasil tem conseguido ampliar mercados e diversificar parcerias. Esse movimento reduz riscos e fortalece a posição do país como fornecedor estratégico de alimentos”, afirma.
Queiroz destaca, ainda, que o momento abre oportunidades para a expansão de produtos de maior valor agregado.
“A combinação de demanda internacional aquecida e competitividade produtiva permite ao Brasil consolidar ganhos estratégicos nos próximos anos, aproveitando nichos e mercados que buscam qualidade e regularidade de fornecimento”, completa.
Fonte: R7