Amor e desafios: ao lado da nova família, mulheres comemoram o primeiro Dia das Mães - Geral
COMEMORAÇÃO

Amor e desafios: ao lado da nova família, mulheres comemoram o primeiro Dia das Mães

O A10+ conversou com mães de primeira viagem, Thaís Cristina e Cláudia Nascimento; ambas relataram o significado do verdadeiro e mais puro amor


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Neste Dia das Mães, o A10+ mostra histórias distintas, com personagens diferentes, mas ambas com a mesma ligação: o amor mais puro e sincero pelos filhos. Conversamos com mulheres inspiradoras e que encontraram na maternidade a oportunidade de aprender a cuidar, proteger e amar o que elas tanto sonhavam.  Carregando o sonho desde de muito novas, Thaís Cristina e Cláudia Nascimento hoje vivem a realidade tão desejada. Ambas se tornaram mães e terão em 2023 o primeiro ano de comemoração do Dias das Mães

Casada há 17 anos, a servidora pública Cláudia Nascimento e sua companheira Helenita Santos viram seus filhos nascerem após a concretização da adoção. 

Dia das mães é comemorado neste domingo (14)
arquivo pessoal

   

Mãe de primeira viagem, a estudante de psicologia, Thaís Cristina viu a gravidez não planejada se transformar em sua maior forma de amor. Em entrevista ao A10+, Thaís relata que foi surpreendida com a descoberta de gravidez de sua primeira filha. Ela lembra que na época precisou lidar com o turbilhão de emoções causados pela gestação da primeira filha e o período de adaptações do corpo e da mente à chegada da pequena Isis. 

"A Isis é a pessoa mais importante da minha vida. Eu aceitei minha gravidez do momento que descobri. Como não foi planejada foi tudo assim mais novo, quando é planejado existe um turbilhão de sentimento e quando não é, é triplicado. Porque é um medo, medo de será se vou dar conta e ao mesmo tempo é um amor absurdo. Quando vi ela pela primeira vez fora da barriga isso triplicou (o amor) e eu não achei que pudesse aumentar. Foi amor a primeira vista, eu desejo que todo mundo tenha um amor assim", afirma. 

Thaís e Isis demonstrando amor
arquivo pessoal

   

Depois de precisar passar por uma histerectomia, remoção cirúrgica do útero, que também pode incluir a retirada das trompas adjacentes e do ovário, Cláudia Nascimento, viu seu sonho de engravidar e ser mãe parecer distante. A mudança veio quando ela foi aconselhada a procurar o Cria para adotar uma criança.

"Eu sempre tive esse sonho de ser mãe, quando eu estava decidida a engravidar veio a surpresa, tive um sangramento, precisei fazer exames e uma histerectomia. Foi uma tristeza muito grande, uma depressão e que meu sonho tinha sido encerrado. Passaram-se alguns anos e Deus me deu outra luz que eu poderia ser mãe. Fui procurar o meio legal, uma instituição. Procurei o Cria, tive todas as informações lá, fui na Defensoria, dei entrada, acompanhei o processo. No preenchimento da ficha eu coloquei que não importava a cor, nem sexo, e poderia ser de 3 a 7 anos. Com essa idade logo veio a ligação. Perguntaram se a gente aceitava conhecer e dissemos que sim", relembra.

Cláudia Nascimento e família em viagem à praia
arquivo pessoal

   

O amor de um se multiplicou quando Helenita e Cláudia descobriram que adotariam irmãos. Elisson e Eliton Santos, de 5 e 6 anos na época, ganharam um novo lar e se tornaram a prioridade do casal. Com o aumento da família vieram os desafios e as conquistas de uma nova rotina que será comemorada no primeiro Dia das Mães da família.

"Muda toda a rotina. Era acostumada a ser somente nós duas e com a chegada deles veio a adaptação, mas graças a Deus correu tudo bem e cada dia que se passa eu vejo nossa alegria de ter dois filhos em casa, a criança chamando você de mãe, isso é muito gratificante. Minha vida mudou completamente. O primeiro lugar sempre é eles. Desde quando entrou o mês que a gente comemora. Fui com eles na loja comprar presente para a outra mamãe e ela levou eles para comprar presente para mim e nós vamos passar com minha mãe, juntos com toda a família. Será o primeiro dia das mães com a família", conta.

Desafios da maternidade

A maternidade carrega desafios que precisam ser debatidos de forma mais ampla. A depressão pós parto, o puerpério, período após o parto até que o organismo da mulher volte às condições antes da gestação, o turbilhão de sentimentos e o ato de cuidado com o bebê são pontos destacados por Thaís Cristina como grandes desafios da maternidade.

"O maior desafio de mãe de primeira viagem é que não é só o bebê que é recém-nascido, você também é uma mãe recém-nascida e isso tem que ser discutido. O puerpério tem que ser debatido entre o casal, entre a família, entre a rede de apoio. É um turbilhão de emoções que você tem ali principalmente no primeiro mês. O maior desafio são as informações e você se reencontrar além da maternidade. Você tem que cuidar do bebêzinho, cuidar de você, cuidar do que está sentindo porque o bebê é uma extensão da mãe. Acho que o maior desafio de fato é o puerpério. Você lidar com as mudanças físicas, mudanças hormonais. Precisa de um acompanhamento psicológico para você ser uma mãe saudável para o seu bebê. Cuidar não é tão difícil, mas junta isso com o puerpério é que se torna um desafio enorme", explica a estudante de psicologia.  

Thaís e Cláudia comemoram seu primeiro dia das mães
arquivo pessoal

   

A educação é vista como um dos grandes desafios para Cláudia. Por ser mãe adotiva dos pequenos Elisson e Eliton, ela conta que passar confiança a eles têm sido uma das missões do casal desde a adoção.

"O maior desafio é abrir mão de tudo pra se dedicar somente a eles, saber lidar com as diferenças, procurar conhecer um pouquinho deles porque eles estão vindo de uma história bem sofrida. Pra não magoar eles, procuro ouvi-los e passar segurança a eles que nós somos as mães deles e vamos cuidar deles, educar e dar muito amor. O nosso maior desafio é dar total segurança pra eles de que nós não vamos deixar eles e lapidar os dois com nossa educação e muito amor", finaliza.

Fonte: Portal A10+


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