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Depois de deixar o Brasil rumo aos Estados Unidos, o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por participação na trama golpista e alvo de mandado de prisão, disse nesta segunda-feira (24) que tomou a decisão para “proteger minha família contra as graves injustiças e perseguições sofridas no Brasil”.
Em vídeo publicado no X (antigo Twitter), Ramagem afirma que saiu do país por razões de segurança pessoal e faz críticas diretas ao ministro Alexandre de Moraes.

“Se esse violador de direitos humanos, declarado e sancionado mundialmente, quiser pedir minha extradição, ele terá de enviar essa ação do golpe, nula do início ao fim, cheia de ilegalidades e perseguições, para análise nos Estados Unidos. Só que o ‘tirano da toga’ sabe de todas as atrocidades que cometeu nesses autos e terá de encaminhar formalmente para cá e esperar a resposta da maior nação livre do mundo”, declarou.
Ramagem também rebate a acusação de ser foragido. Segundo ele, sua saída não foi para se esconder, mas para seguir atuando em defesa do Brasil.
“Para ser foragido, é preciso haver uma decisão judicial contra mim, o que não existia antes da minha chegada aqui. E essa [ordem de prisão] preventiva agora é manifestamente ilegal. Um parlamentar não pode ser alvo de prisão por medida cautelar”, afirmou.
Ele ainda argumenta sobre o processo legal envolvendo parlamentares. “[A prisão deve acontecer] só ao final de uma ação com trânsito em julgado, e apenas depois da maioria dos votos da Câmara. Então, eu estou regular e posso, sim, continuar minha atuação parlamentar mesmo à distância. Eu estou respaldado na Constituição.”
Ramagem também comenta a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro, preso de forma preventiva na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, e insiste na tese de que Bolsonaro estaria preso ilegalmente e por razões políticas.
“Essa prisão dele agora também é absurda, sem fundamento e ilegal. Anteciparam essa prisão por razões políticas, nada jurídicas. Esses tiranos da toga vão tentar criminalizar manifestações, fizeram isso com uma vigília religiosa e vão tentar novamente durante o período eleitoral”, disse.
Na mesma publicação, o deputado reforça a postura de enfrentamento ao STF.
“Não recuarei diante da ditadura da toga, marcada pelos abusos do violador de direitos humanos. Continuarei lutando pela verdade, pela liberdade e pela proteção e prosperidade da família brasileira.”
Saída do Brasil
As investigações da Polícia Federal apontam que Ramagem deixou o Brasil em setembro, mês em que foi condenado pelo STF no processo da trama golpista.
Ramagem teria deixado o país por Boa Vista (RR), possivelmente atravessado a fronteira para a Venezuela ou para a Guiana e, de lá, seguido para os Estados Unidos.
Fonte: R7