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Joana D'ark de Alencar comentou, nesta quarta-feira (19), a condenação de Eduardo Alves da Luz, de 43 anos, sentenciado a 10 anos de prisão em regime fechado por tentar matá-la com diversas facadas na avenida principal do bairro Parque Piauí, zona Sul de Teresina.
O crime ocorreu em dezembro de 2023. A vítima, que sobreviveu ao ataque, classificou a pena como insuficiente diante do sofrimento que enfrentou.

"O crime ocorreu em dezembro de 2023. Eu quero demonstrar minha indignação porque eu achei muito baixa a condenação daquele monstro. Por mim ele pegaria 30 anos, porque só Deus sabe os traumas que ele me fez. Hoje eu não vivo na minha cidade, não vivo com minha mãe, filhos, por conta disso. Ele me deixou esse trauma, marcas. Não foi lesão corporal leve como os advogados falaram... eu quase morro. Minha filha, que passou esse tempo todo comigo, também tem traumas", disse a vítima.
Ela também agradeceu ao trabalho do Ministério Público, embora dissesse esperar por uma condenação mais rigorosa.
"Quero agradecer ao promotor, que me ajudou bastante. Não foi o resultado que a gente esperava, infelizmente. Se eu tivesse morrido, ele ia pegar só 10 anos? Hoje sofro muito por conta disso e acredito na lei de Deus. Ele tem um propósito pra mim e fazer ele pagar pelo que ele fez", afirmou.
Maria Vitória, de 19 anos, filha de Joana D'ark, também comentou, em entrevista à TV Antena 10 e ao A10+, a condenação de Eduardo Alves. A jovem relatou que sentiu alívio com a sentença, porém esperava uma punição maior. A mãe, atualmente, mudou-se de estado e vive longe da família por questão de segurança.
Sobre o crime
A vítima foi surpreendida e esfaqueada pelo menos 12 vezes, em 07 de dezembro de 2023, na Avenida principal do Parque Piauí, zona Sul de Teresina. Um vídeo do circuito de monitoramento mostra a mulher sentada na calçada quando um homem estaciona o carro próximo a vítima e corre em direção a ela. Ele rapidamente desfere diversas facadas na mulher que tenta se defender. Depois de cometer o crime, o homem fugiu do local.

Uma mulher que não quis se identificar relatou à TV Antena 10 que a vítima, após sofrer as facadas, estava sentada e populares colocaram uma camisa para estancar o sangue: "ela estava em pé, pediu uma cadeira, sentou. Conversamos com ela e ela disse que a vista estava escurecendo. Pedimos ajuda na avenida, uma pessoa que passava colocou ela no carro e foi levada para o Promorar, depois para o HUT", afirma.
Ela relatou aos populares que tinham uma medida protetiva contra o ex-companheiro. No local do crime, foi encontrada uma faca com cabo branco, deixada pelo homem, e poças de sangue da vítima.
A vítima foi encaminhada ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT) e o estado de saúde dela era considerado grave.
Prisão
Eduardo Alves da Luz, de 43 anos, foi preso cinco dias depois do crime. Ele se apresentou na sede do DHPP na companhia de advogados. No momento, a defesa sustentou que o homem tem diabete tipo 1 e que, neste caso, ele necessita de injeções diárias de insulina para manter a glicose no sangue em valores normais.
O que diz a polícia?
Em entrevista à TV Antena 10, a delegada Nathalia Figueiredo, responsável pelo caso, relatou que Eduardo Alves usou do Direito constitucional de permanecer calado. Segundo ela, não foi a primeira vez que a vítima foi lesionada pelo criminoso. A mulher, de acordo com a polícia, não podia sequer ter rede social.
"Ele sempre foi, segundo ela, uma pessoa extremamente violenta, controladora, inclusive ela não tinha acesso a rede social, por exemplo, celular ela não tinha. Então esse arrependimento, que ele diz ter, muitas vezes é muito comum vir do agressor que encontra-se encurralado. Quem tinha que temer era ela, que não tinha vida, inclusive pra ir pro trabalho ela precisava de que um parente a deixasse, tamanho medo que ela tinha dele fazer alguma coisa e tanto que fez", disse.
Fonte: Portal A10+