STF forma maioria para manter prisão de Robinho, condenado por estupro coletivo na Itália - Justiça
JUSTIÇA

STF forma maioria para manter prisão de Robinho, condenado por estupro coletivo na Itália

Robinho cumpre pena desde março na penitenciária de Tremembé após ser condenado pela Justiça italiana a nove anos de prisão


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O STF (Supremo Tribunal Federal) formou maioria para manter o ex-jogador Robinho preso. Isso porque seis dos 11 ministros votaram pela manutenção da decisão. Até o momento, somente o ministro Gilmar Mendes votou pela soltura do ex-atleta. O julgamento no STF começou na última quinta-feira (15) no plenário virtual e deve ser finalizado até o dia 26. Até lá, pode haver um pedido de vista ou de destaque, o que poderia adiar a conclusão do julgamento.

Robinho cumpre pena desde março na penitenciária de Tremembé, São Paulo, após ser condenado pela Justiça italiana a nove anos de prisão por um crime de estupro coletivo ocorrido em 2013, em Milão.

  
STF forma maioria para manter prisão de Robinho, condenado por estupro coletivo na Itália
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Entenda como foi cada voto

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes votou pela soltura do ex-jogador de futebol Robinho, preso por estupro desde março deste ano. A análise diverge do que entende o relator do caso, o ministro Luiz Fux, que foi contra os pedidos de habeas corpus protocolados pela defesa do ex-atleta.

No voto, Gilmar Mendes justifica haver necessidade de decisão homologatória, que confirma a validade de um ato jurídico. Segundo o magistrado, sem isso, a “sentença estrangeira condenatória constitui mero fato jurídico”.

“Se a execução da decisão só se mostra possível após a homologação, não existe outra possibilidade lógica diante da jurisprudência do Tribunal senão concluir que a prisão decorrente do decisum objeto de homologação só pode ocorrer após o respectivo trânsito em julgado”, completa.

Já Fux sustenta no relatório que a transferência da pena de Robinho para o Brasil é uma medida de cooperação internacional. “A Lei de Migração, no ponto em que disciplina a transferência de execução da pena, remete à competência constitucionalmente estabelecida do Superior Tribunal de Justiça para a homologação da respectiva sentença.”

A ministra Cármen Lúcia enfatizou em seu voto a relevância da justiça em casos de violência contra mulheres. “Mulheres em todo o mundo são submetidas a crimes como o de que aqui se cuida, causando agravo de inegável intensidade a quem seja a vítima direta, e também a vítima indireta, que é toda e cada mulher do mundo, numa cultura, que ainda se demonstra desgraçadamente presente, de violação à dignidade de todas. A impunidade pela prática desses crimes é mais que um descaso, é um incentivo permanente à continuidade desse estado de coisas de desumanidade e cinismo, instalado contra todas as mulheres em todos os cantos do planeta, a despeito das normas jurídicas impositivas de respeito ao direito à vida digna de todas as pessoas humanas”, diz o voto da ministra.

Para que Robinho fosse solto, seria necessário que a maioria dos ministros concordasse com o voto de Gilmar Mendes. No entanto, votaram com o relator os ministros Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes.

Prisão

O ex-jogador Robinho foi preso em 21 de março, em Santos (SP), para cumprir a pena por estupro coletivo determinada pela Justiça da Itália. A prisão ocorreu horas depois de a presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Maria Thereza de Assis Moura, assinar um comunicado para a Justiça Federal cumprir a prisão de forma imediata e um dia depois de o STJ decidir que Robinho deve ficar preso no Brasil.

O ex-jogador foi condenado pelo crime de estupro coletivo contra uma mulher albanesa em uma boate de Milão, na Itália, em 2013. Em março do ano passado, o relator do caso no STJ, ministro Francisco Falcão, determinou cautelarmente que Robinho entregasse o passaporte.

Fonte: R7


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