A defesa de Maria Gabriela Soares Vasconcelos afirmou nesta terça-feira (10) que a mãe de Lucas Vinícius, que está desaparecido há 16 dias, sabia que o jovem sofria de depressão. A mãe do estudante nega suposto quadro depressivo do filho. Em meio ao desaparecimento, a defesa e família seguem trocando acusações.
Novos trechos enviados pela defesa de Gabriela mostram conversas que a jovem teve com a mãe de Lucas. Nelas, a namorada revela que o estudante de Direito estava depressivo. Em outros prints, o jovem conversa com a mãe, através do Instagram, e conta que estava tomando medicamentos para controlar a ansiedade.
Em 14 de março de 2021, conforme prints, Gabriela revelou para Ana Monteiro Oliveira que Lucas estaria "depressivo e ansioso". A jovem narrou que estava preocupada com ele e que o estudante estava em acompanhamento psicológico, mas que, na avaliação da namorada, ele precisava de um psiquiatra.
Na conversa, Ana Monteiro Oliveira relatou que Lucas precisava de uma psicoterapia. Ela também pediu orações para que o jovem se libertasse dessa suposta depressão. Ela citou ainda uma ex do estudante.
Diálogos de Gabriela com Lucas
O A10+ também obteve acesso aos diálogos que Gabriela teve com Lucas. Neles, o estudante revelou que estava ruim, parecia chapado e que precisava de medicação. Nos prints, a namorada afirmou que Lucas tirava a medicação por conta própria, mas ele negou.
Em outros trechos, Lucas contou que havia marcado uma consulta com psicólogo no dia 24. Nas imagens não há data sobre o dia da conversa. Os prints também mostram o jovem agradecendo a namorada por ela nunca desistir dele.
Nas imagens, Gabriela mandou contato de um psiquiatra, mas Lucas contou que já havia tinha um e que precisava marcar uma nova consulta.
Veja abaixo os prints concedidos pela defesa de Gabriela
Pais falam sobre o caso pela 1ª vez e pedem justiça
Em vídeo enviado A10+ e a TV Antena 10, os pais de Lucas falaram pela primeira vez sobre o caso e pediram justiça. Eles relataram que o jovem não teria motivos para se jogar da ponte no rio Poti, como foi dito por Gabriela em depoimento à polícia.
Bastante emocionados, a família relatou que não sairá da cidade enquanto não descobrir o que aconteceu com o estudante. “As ultimas palavras dele comigo foi mamãe eu te amo. Dai quando foi 2h15 da manhã, o telefone tocou e era a Gabriela dizendo, venham urgente para Teresina, porque o Lucas bebeu demais e se jogou no rio Poti. Nesse dia ela disse pra virmos pra Teresina sem ter esperança de acharmos ele vivo. Eu quero saber com que certeza ela afirmava a morte do meu filho”, contou.
Transferência bancária
"Após dois dias, ela não queria me passar o celular do Lucas, então eu aproveitei uma distração dela, e peguei o celular e pedi a senha, ela me deu e eu vi que ela tinha feito uma transferência de R$ 3.500 reais, da conta do Lucas para a dela, sem o nosso consentimento. Se nós não estamos preocupados nem com nossas contas, vamos pensar nas dela?"
Depressão
“Jamais meu filho ia beber e se jogar no rio, porque ele não era de beber, ele não tinha depressão como eles falam, todos os dias eu falava com ele, ele falava do futuro, a vida dele era academia, estudo e trabalho, ele vivia muito bem, veio pra cá pra trabalhar com marketing”.
Corpo Carbonizado
“No oitavo dia nos informaram que foi encontrado um corpo carbonizado, que provavelmente seria do nosso filho, já que a cueca é da mesma que ele usava, e não estava nas coisas dele. Os braços tinham tirado e as pernas serradas. Se for meu filho, eu quero justiça”, afirmou o pai. O corpo ainda passa por pericia e tem até 20 dias para ser revelada a identidade.
Família de Gabriela
"A mãe de Gabriela ficou me provocando, para vê se eu reagia, quando fui fazer o B.O, pra mim parecia que ela estava querendo me tirar do sério, mas eu só estou lutando pelo meu filho. E ela ainda disse 'Vocês vão pagar tudo que estão fazendo com nós' Mas eu só estou aqui pelo meu filho. Nós só queremos justiça".
Entenda o caso
Segundo a namorada do estudante, Gabriela Vasconcelos, ambos retornavam de uma festa quando o jovem quis parar o carro na Ponte Juscelino Kubistchek. Ele se aproximou da mureta da ponte e caiu no rio Poti. Gabriela chamou os bombeiros que iniciaram as buscas pelo estudante, e após 16 dias, o corpo continua desaparecido. A namorada já prestou depoimento à polícia sobre o caso.
"Ela [Gabriela] tinha um cuidado especial com ele. Inclusive, os prints de conversas com o jovem foi apresentado à polícia. Ela era como uma mãe para o Lucas aqui. Ele sofria de um problema de transtorno depressivo e ansiedade. Ela procurava tratamento, sempre manteve contato com a mãe dele, inclusive pedindo ajuda para ela. Sempre preocupada para que ele buscasse tratamento para a situação que ele estava passando", relatou o advogado Wyttalo Veras, que representa Gabriela, em entrevista à TV Antena 10.
Em nota enviada ao A10+, a defesa de Gabriela Vasconcelos pontuou ainda que o fato está sob investigação policial, não havendo, até o momento, qualquer prova de materialidade de crime ou suspeito indiciado.
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