TRE-PI mantém prisão preventiva da vereadora Tatiana Medeiros em Teresina

A decisão foi proferida na tarde desta segunda-feira (14), durante sessão judiciária ordinária por videoconferência que discutiu o Habeas Corpus

(Atualizado às 16h06)

O Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI) manteve a prisão preventiva da vereadora Tatiana Medeiros (PSB). A decisão foi proferida na tarde desta segunda-feira (14), durante sessão judiciária ordinária por videoconferência que discutiu e formou maioria contra o pedido de Habeas Corpus da investigada. 

A decisão argumentou e levantou a possibilidade de fatos novos e obstrução na investigação em andamento em virtude do papel desempenhado no interior da organização criminosa, bem como os indícios apontados de que a campanha eleitoral da parlamentar foi custeada com recursos ilícitos oriundos de facção. Os votos contra o pedido de Habeas Corpus foram de 5 a 2.

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TRE-PI mantém prisão preventiva da vereadora Tatiana Medeiros em Teresina
Reprodução

   

A vereadora Tatiana Medeiros (PSB) foi presa, no dia 03 de abril de 2025, em sua residência durante a Operação Escudo Eleitoral, deflagrada pela Polícia Federal. O A10+ apurou que a prisão envolve compra de votos nas eleições de 2024. A parlamentar está no centro de uma polêmica após a prisão do então namorado membro de uma facção criminosa.  

"A investigação, iniciada após a divulgação dos resultados das Eleições 2024, identificou elementos que apontaram vínculo entre candidata eleita ao cargo de vereadora na capital piauiense e expoente de facção criminosa violenta com grande atuação no estado. Há indícios de que a campanha eleitoral da parlamentar foi custeada com recursos ilícitos oriundos de facção criminosa, bem como de desvios de recursos públicos de uma instituição não governamental", afirmou a PF.

A vereadora eleita Tatiana Medeiros, antes de assumir uma cadeira na Câmara Municipal de Teresina, esteve envolvida em um escândalo sobre suposto financiamento de campanha por facção criminosa durante as eleições de 2024.

Detalhes da investigação

O juiz José Maria de Araújo Costa, relator da sessão, deu detalhes da investigação. Um dos pontos foi que a Polícia Federal apurou que Alandilson Cardoso Passo teria investido o montante de R$ 1 milhão na campanha de Tatiana Medeiros de recursos de origem duvidosa, por meio de terceiros. 

  

Vereadora Tatiana Medeiros e Alandilson Cardoso
Reprodução

   

Foi constatado ainda a compra de votos via Pix por R$ 100, a mando e ciência da vereadora. Com isso, diante de todos os indícios e mensagens levantadas, Tatiana Medeiros seria regente da rede criminosa, além de beneficiada com a compra dos votos e financiamento de campanha.

“Fundamentando-se da percuciente apuração realizada pela Polícia Federal, no bojo do Inquérito Policial acima sintetizado, o magistrado entendeu rastrear presente os delitos, sob o argumento informativos em especial a análise global das mensagens de texto e de áudios trocados entre os investigados, sugerem que Tatiana Medeiros não figuraria apenas como espectadora agraciada com as atuações dos demais, mas sim como regente da rede criminosa, além de beneficiada imediata com a compra de votos e financiamento de campanha”, disse. 

  

A decisão foi proferida na tarde desta segunda-feira (14), durante sessão judiciária ordinária por videoconferência Reprodução/ Youtube