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Mal as urnas do pleito 2022 foram fechadas, e a disputa pelas presidências da Câmara e do Senado já começou. As reuniões e acordos estão veementes para a eleição que acontece no dia 02 de fevereiro de 2023.
Na Câmara, o cenário já está praticamente montado para a recondução do atual presidente, Arthur Lira (PP – AL) ao comando da casa. Com uma base formada por 16 partidos, Lira conta com o apoio de 429 deputados para ser reeleito, o que corresponde a 83% da Casa legislativa.
Com um perfil político e domínio sobre sua base, Lira consegue transitar entre situação e oposição sem dificuldades. Provou isso quando, na mesma semana, declarou apoio ao presidente eleito, Lula (PT) e concedeu aposentadoria ao atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), fortalecendo seu nome dos dois lados e sem afetar a relação com seu partido, o Progressistas, que já declarou oposição ao novo presidente.
Já no Senado, a situação prevê mais emoções. O atual presidente, Rodrigo Pacheco (União Brasil – MG) tem o apoio de legendas como o PT, PSD, MDB, Republicanos e PDT. Pacheco caminha para conquistar outras legendas, como PP, o Podemos e PSDB, porém deve enfrentar resistência na briga pela presidência da casa.
Essa semana deve ser anunciado o principal concorrente: o candidato do Partido Liberal. O mais cotado é o senador eleito pelo Rio Grande do Norte, Rogério Marinho. Ligado ao presidente Jair Bolsonaro, Marinho é ex-deputado federal e foi ministro do Desenvolvimento Regional do atual governo. Com a maior bancada eleita, o PL vai contar com 15 senadores na próxima legislatura e busca o comando do Senado para intensificar a oposição a Lula.
A principal briga entre os dois concorrentes é pelo PP, do senador piauiense, Ciro Nogueira. O partido cogitou aliança com o PL, fazendo oposição a Pacheco, entretanto, o risco de perder cargos na Mesa diretora do senado é um fator que pesa na decisão. Atualmente o partido ocupa a segunda secretaria da casa, com outro piauiense, Elmano Ferrer.
Ao final, uma coisa é certa. A escolha da presidência do Senado será muito mais que uma simples eleição. Será mais um capítulo da polarização entre Lula e Bolsonaro, que teve inicio muito antes do processo eleitoral de 2022.
Fonte: Portal A10+