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O impasse para a reforma ministerial continua movimentando os bastidores do Congresso Nacional. A expectativa para que o presidente Lula anuncie a entrada do Progressistas e do Republicanos no Governo vem causando burburinhos sobre a relação de Lula com o presidente da Câmara, Arthur Lira.
De acordo com o que vem sendo ventilado, o interesse de Lira é encaixar um de seus principais aliados, o deputado federal André Fufuca (PP – MA) em um ministério de relevância e, em fevereiro, quando Lira deixa a presidência da Câmara, passar a ser o comandante da mesma pasta.
Porém, o Progressistas está em meio a um racha, justamente por causa dessas negociações. Se por um lado, Arthur Lira e os integrantes do “Centrão” da Câmara avançam nas conversas com Lula, por outro, o presidente nacional da legenda, o senador Ciro Nogueira, declarou que não há chances de sair da oposição e que, qualquer integrante do partido que optar por integrar a base do governo, perderá o poder de opinião nas definições do partido.
“Se depender de mim, nenhum membro do Progressistas deve assumir cargo nesse governo. Nós estivemos na oposição, eu estive ao lado do presidente Bolsonaro na campanha e vou permanecer os quatro anos na oposição. Não gostaria que nenhum membro do partido fizesse parte desse governo, mas essa é uma decisão pessoal. Se alguém assumir, terá que se afastar das decisões do partido”, declarou o senador.
Mesmo com esse impasse, Lula parece não ter pressa para resolver. A expectativa era de que a definição acontecesse na semana passada, mas segundo informações de bastidores, qualquer anúncio deverá ser feito depois que o chefe do Executivo voltar da viagem a Africa do Sul, onde ele participa da reunião do Brics.
Enquanto isso, Lira analisa, junto aos seus parlamentares, qual seria o melhor ministério para que ele possa manter seu prestigio na decisão das votações dos projetos do Palácio do Planalto no Congresso Nacional.
Fonte: A10+ Brasília
