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O senador Ciro Nogueira (PP-PI) acredita que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pode ser anistiado, caso consiga eleger maioria no Senado em 2026. O presidente nacional do Progressistas ainda acredita que uma eventual vitória de Trump nos EUA poderia fortalecer a direita do país.
“Não tenho dúvida [da volta de Bolsonaro com uma possível vitória de Trump], principalmente se mudar o condicionamento do Senado. Dá até para discutir se Lula, Bolsonaro ou Tarcísio vão ganhar, mas que a direita vai ter ampla maioria no Senado a partir de 2026, isso ninguém tem dúvida. Bolsonaro vai eleger em torno de 38 a 41 senadores, somado aos 15 que já são aliados a ele, imagina a força política de ter 54 senadores a partir de 2026”, disse o congressista, em entrevista ao UOL, nesta segunda-feira, 15.
Sem conseguir reverter a sua inelegibilidade perante à Justiça, o ex-mandatário já estaria conformado com a possibilidade de acabar indo preso. Deste modo, Bolsonaro deseja negociar sua anistia no Congresso Nacional junto com os seus aliados.
“Só teríamos, hoje, que reverter em torno de oito senadores para votar a anistia ao Bolsonaro. Esses oito senadores vão pensar duas vezes para votar a anistia a partir do próximo ano”, afirmou Ciro Nogueira.
Segundo informações do portal UOL, o ex-presidente tenta correr contra o tempo para que não seja preso logo, e para isso, conta com o apoio dos seus advogados.
“Bolsonaro pediu aos advogados que realmente tentem, ao máximo, adiar o julgamento. Ele quer tempo para articular no Congresso a aprovação da anistia. O primeiro passo para a aprovação da anistia já foi dado: um acordo do PL, partido de Bolsonaro, com o presidente da Câmara, Arthur Lira, garantiu que, se aprovado na comissão especial, o projeto vai ser pautado no plenário. Em troca, o PL votará no candidato indicado por Lira para sua sucessão no comando da Câmara”, afirmou Ciro.
O ex-chefe do Executivo acredita que com a aprovação da PEC da Anistia no Senado, ele poderá reverter a sua inelegibilidade. Contudo, pesa contra o político, a venda das joias sauditas e o mau uso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), investigadas pela Polícia Federal. Os casos tiveram o sigilo quebrado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
A proposição foi aprovada na Câmara dos Deputados, na última quinta-feira, 11, em dois turnos.
Fonte: A TARDE