Congresso e Governo apresentam ao STF proposta para garantir transparência e rastreabilidade a emendas parlamentares - Bastidores
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Congresso e Governo apresentam ao STF proposta para garantir transparência e rastreabilidade a emendas parlamentares

Nova plataforma deverá apresentar nome do parlamentar, quem solicitou e todos os detalhes sobre o caminho percorrido pelo dinheiro


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A polêmica em torno da falta de transparência nas emendas parlamentares, que ganhou força em 2023 após o bloqueio de bilhões em emendas do chamado "orçamento secreto"  e "emendas pix" pelo STF, chega a um novo capítulo. À época, o Tribunal considerou a distribuição desses recursos ilegal devido à ausência de critérios objetivos e à impossibilidade de identificar os parlamentares beneficiários, prática que alimentou denúncias de clientelismo. 

Agora, pressionados pela Corte, o Congresso Nacional e o governo federal apresentaram um plano para sanar as falhas históricas: o Sistema Integrado de Fiscalização de Emendas (SIFE), que promete vincular nominalmente cada parlamentar às emendas propostas e rastrear todo o ciclo orçamentário a partir de 2025. A medida tenta virar a página de um ano marcado por embates entre os Poderes e questionamentos sobre o uso político do orçamento.


  

Plenário do Congresso
Antonio Cruz/Agência Brasil
   


Pilares da Reforma

A proposta, elaborada em conjunto pelos Poderes Executivo e Legislativo, reestrutura o processo de tramitação das emendas — incluindo as de comissão (RP8), bancada (RP7) e relator (RP9) — por meio de quatro eixos centrais:

Uniformização de Dados: As informações sobre destinação de verbas serão padronizadas em formatos acessíveis, compatíveis com sistemas abertos, permitindo cruzamento instantâneo com o Portal da Transparência.
Autoria Revelada: Parlamentares terão seus nomes publicamente vinculados a cada emenda, tanto como proponentes quanto como apoiadores, eliminando o anonimato nas indicações.
Centralização de Acesso: Um hub digital único no Portal da Transparência reunirá todos os dados, desde valores até o estágio de execução, com interface simplificada para cidadãos e órgãos fiscalizadores.
Documentação Pública: Atas de deliberação, planilhas de votação e critérios de distribuição serão disponibilizados em tempo real, assegurando acesso irrestrito ao ciclo decisório.

Cronograma e Metas

O plano estabelece marcos rigorosos: até março de 2025, modelos padronizados de prestação de contas e sistemas atualizados de monitoramento geográfico dos recursos devem entrar em operação. Para emendas anteriores (até 2024), prevê-se a retroação de dados, integrando históricos de apoio parlamentar aos bancos públicos.

Impacto na Fiscalização 

Além de modernizar painéis de visualização — com filtros por tipo de emenda e mapas interativos —, a iniciativa fortalece a atuação de órgãos como a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Tribunal de Contas da União (TCU). “Não se trata apenas de cumprir uma ordem judicial, mas de reconstruir a confiança na máquina pública”, declarou fonte envolvida na elaboração do plano.

Fonte: Portal A10+


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Sobre a coluna

Wesslley Sales

Wesslley Sales

Jornalista, Especialista em Marketing Político, Mídias Sociais e Comunicação Produtor, Apresentador e Repórter na TV Antena10 Radialista e Redator

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