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O desaparecimento do estudante de Direito Lucas Vinícius Monteiro de Oliveira, de 24 anos, completa 1 mês nesta terça-feira (24). Ele foi visto pela última vez na madrugada do dia 24 de abril na Ponte Juscelino Kubitschek. A namorada, Maria Gabriela Soares Vasconcelos, relatou à polícia que o jovem se jogou da ponte no rio.
Desde então, o caso tornou-se um mistério. Lucas Vinícius realmente se jogou? Por que a família não acredita nesta versão? Qual linha de investigação da Polícia Civil? Diante das inúmeras perguntas, o A10+ elencou pontos principais acerca do desaparecimento. O dia 24 de abril, a transferência bancária, a versão da família e as buscas dos bombeiros.
Lucas Vinícius é natural de São Paulo e mora em Teresina há cerca de dois anos. Na semana do ocorrido, em 28 de abril, a namorada de Lucas, Gabriela Vasconcelos contou ao A10+ que o casal voltava de uma festa, onde estavam com outros amigos. Depois disso, houve uma discussão no caminho.
O dia do desaparecimento
Conforme depoimento, na madrugada do dia 24 de abril, ao chegar a ponte JK, na Avenida Frei Serafim, o rapaz teria tentado saltar do carro. Gabriela, que dirigia, parou o veículo para que ele não pulasse. Em seguida, conforme depoimento da jovem, o estudante saiu do carro, caminhou até a beirada da ponte e se jogou no rio.
Versão da namorada é questionada pela família
O advogado Tiago Tardeli, representante da família do estudante de Direito, relatou à TV Antena 10 que a família não acredita na versão dada pela namorada de que o jovem teria se jogado no rio. O representante relatou que a namorada apresenta versões contraditórias, quando se trata de revelar o local onde o casal estava durante a madrugada.
Transferência bancária no dia do desaparecimento; defesa explica
A namorada de Lucas Vinícius Monteiro, transferiu a quantia de R$ 3,5 mil da conta do estudante para sua conta pessoal. De acordo com o documento que o A10+ e a TV Antena 10 obtiveram acesso com exclusividade, o pix foi realizado no dia 24 de abril às 14h27min, horas após Gabriela Vasconcelos ter afirmado que Lucas havia se jogado no rio Poti.
O advogado Wyttalo Veras, que representa Gabriela Vasconcelos, procurou o A10+ erelatou que a transferência foi autorizada pela família de Lucas Vinícius. Segundo ele, o dinheiro seria para pagar um cartão de Gabriela, mas que era usado pelo estudante de Direito.
A defesa afirmou que a quantia seria para pagar um cartão na segunda-feira (25), um dia depois do desaparecimento de Lucas. Wyttalo Veras informou que a família do jovem chegou ao Piauí ainda no domingo (24) e que, segundo ele, teria conhecimento dessa transferência. Em print, o advogado relatou que os pais de Lucas chegaram em Teresina por volta das 12h30 e que do aeroporto foram para casa dos pais de Gabriela.
"Foi feito a transferência, está no depoimento. A transferência foi autorizada pela mãe e o pai do Lucas. Inclusive, quem levantou essa informação do cartão de crédito que ele usava, foram os pais dele. Está no depoimento também. O cartão era pra ser pago no débito automático no dia 25 [segunda]. No dia que chegaram, foram para casa dos pais da Gabriela, levantaram essa questão e falaram que tinha um cartão que vencia e tinha que pagar e eles perguntaram se tinha dinheiro na conta e Gabriela relatou que tinha", contou.
Pais falam pela 1ª vez, questionam versão e pedem justiça
A TV Antena 10 e o A10+ conversaram com os pais do estudante de Direito Lucas Vinicius. Ana Monteiro Oliveira e Moisés Monteiro Oliveira questionaram a versão apresentada pela namorada, citaram pontos divergentes e pediram justiça. Eles, que moram em São Paulo, vieram para Teresina no mesmo dia do desaparecimento do filho.
“As ultimas palavras dele comigo foi mamãe eu te amo. Dai quando foi 2h15 da manhã, o telefone tocou e era a Gabriela dizendo, venham urgente para Teresina, porque o Lucas bebeu demais e se jogou no rio Poti. Nesse dia ela disse pra virmos pra Teresina sem ter esperança de acharmos ele vivo. Eu quero saber com que certeza ela afirmava a morte do meu filho”, contou.
Depressão
“Jamais meu filho ia beber e se jogar no rio, porque ele não era de beber, ele não tinha depressão como eles falam, todos os dias eu falava com ele, ele falava do futuro, a vida dele era academia, estudo e trabalho, ele vivia muito bem, veio pra cá pra trabalhar com marketing”.
Corpo Carbonizado
“No oitavo dia nos informaram que foi encontrado um corpo carbonizado, que provavelmente seria do nosso filho, já que a cueca é da mesma que ele usava, e não estava nas coisas dele. Os braços tinham tirado e as pernas serradas. Se for meu filho, eu quero justiça”, afirmou o pai. O corpo ainda passa por pericia e tem até 20 dias para ser revelada a identidade.
Família de Lucas e defesa de namorada trocam acusações
A defesa de Maria Gabriela Soares Vasconcelos afirmou no dia 10 de maio que a mãe de Lucas Vinícius sabia que o jovem sofria de depressão. A mãe do estudante nega suposto quadro depressivo do filho. Em meio ao desaparecimento, a defesa e família seguem trocando acusações.
Novos trechos enviados pela defesa de Gabriela mostram conversas que a jovem teve com a mãe de Lucas. Nelas, a namorada revela que o estudante de Direito estava depressivo. Em outros prints, o jovem conversa com a mãe, através do Instagram, e conta que estava tomando medicamentos para controlar a ansiedade.
Em 14 de março de 2021, conforme prints, Gabriela revelou para Ana Monteiro Oliveira que Lucas estaria "depressivo e ansioso". A jovem narrou que estava preocupada com ele e que o estudante estava em acompanhamento psicológico, mas que, na avaliação da namorada, ele precisava de um psiquiatra.
Na conversa, Ana Monteiro Oliveira relatou que Lucas precisava de uma psicoterapia. Ela também pediu orações para que o jovem se libertasse dessa suposta depressão. Ela citou ainda uma ex do estudante.
Buscas continuam
Ao A10+, o Corpo de Bombeiros informou que as buscas ainda estão sendo realizadas. O tenente Juarez contou que o trabalho está sendo feito dentro da disponibilidade da guarnição.
As buscas, que já duram 30 dias, foram estendidas até os municípios de União e Miguel Alves. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), através da Delegacia de Desaparecidos, trata o caso como desaparecimento.
O delegado Barêtta, que está à frente da investigação, citou que, a princípio, não há indícios de suposto crime acerca do caso.
Entenda o caso
Segundo a namorada do estudante, Gabriela Vasconcelos, ambos retornavam de uma festa quando o jovem quis parar o carro na Ponte Juscelino Kubistchek. Ele se aproximou da mureta da ponte e caiu no rio Poti. Gabriela chamou os bombeiros que iniciaram as buscas pelo estudante, e após 16 dias, o corpo continua desaparecido. A namorada já prestou depoimento à polícia sobre o caso.
"Ela [Gabriela] tinha um cuidado especial com ele. Inclusive, os prints de conversas com o jovem foi apresentado à polícia. Ela era como uma mãe para o Lucas aqui. Ele sofria de um problema de transtorno depressivo e ansiedade. Ela procurava tratamento, sempre manteve contato com a mãe dele, inclusive pedindo ajuda para ela. Sempre preocupada para que ele buscasse tratamento para a situação que ele estava passando", relatou o advogado Wyttalo Veras, que representa Gabriela, em entrevista à TV Antena 10.
Em nota enviada ao A10+, a defesa de Gabriela Vasconcelos pontuou ainda que o fato está sob investigação policial, não havendo, até o momento, qualquer prova de materialidade de crime ou suspeito indiciado.
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Fonte: Portal A10+