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(Atualizada às 10h40)

Guardas Municipais realizam na manhã desta quinta-feira (27) uma manifestação em frente à sede da Prefeitura de Teresina, Centro da capital. Eles reivindicam melhores condições de trabalho e denunciam desrespeito a direitos básicos que eles deveriam ter na segurança do município. Os profissionais também criticam o acúmulo de atribuições à categoria.

Para negociação, Guardas Municipais e o Sindserm sugeriram a entrada de cinco pessoas na comissão sendo um representante da assessoria jurídica, da diretoria e três guardas da base, para se reunirem com o coordenador de Segurança, Danúbio Carvalho, que estabeleceu a entrada de apenas duas pessoas. Por causa do impasse, não houve a reunião para o debate das reivindicações. Existe a possibilidade de greve da categoria. 

Os servidores denunciam más condições de trabalho, utilização das escalas e planejadas como forma de perseguição e o desrespeito a direitos básicos desses trabalhadores que atuam na segurança do município. Segundo os servidores, o ato tem por objetivo também chamar a atenção para a urgência da aprovação do Estatuto e Plano de Cargos, Carreiras e Salários da GCM, que seja elaborado com a representação da categoria. Atualmente o efetivo da GMC em Teresina são de 350 homens e mulheres.

"Nossas principais reivindicações são sobre o estatuto, a escala e as planejadas. As planejadas estavam no valor de R$ 200. Nós recebemos em torno de R$ 1.600 e a todo momento há aumento das nossas atribuições e de serviços, mas não há aumento de efetivo e nem há EPI. É sempre jogada uma carga de serviço e diz que tem que mudar nossa escala para abranger essa demanda. Eles usam as escalas e planejadas como forma de perseguir. Mil guardas não dariam conta", diz Felipe Leal.

A GCM Ilná Evangelista, que também é uma das diretoras do Sindserm, ressaltou que não há diálogo com a Prefeitura de Teresina e que a categoria não descarta possibilidade de greve.

“Não há diálogo com a Prefeitura de Teresina. Não descartamos a possibilidade de greve, mas não é isso que queremos, queremos trabalhar, e que considerem a nossa reivindicação sobre as planejadas”, disse.

A Prefeitura de Teresina informou que os representantes do sindicato vão ser recebidos pelo secretário Michel Saldanha. A previsão é que a a reunião ocorra ainda nesta quinta-feira (27).

"Está tendo uma intransigência por não aceitarem cinco pessoas representando a manifestação. O Sindserm propôs cinco pessoas: três da base, um assessor judirico e alguém da diretoria. Ele quer apenas duas pessoas. As pessoas da base conhecem os aspectos e traz um quadro mais profundo da realidade", explicou o representante do Sindserm, Sinésio Soares.

O coordenador do sindicato destacou ainda que sexta-feira estará pronta uma auditoria do TCE a respeito das condições da GCM.

Casos de violência em Teresina

No mês de julho, profissionais do Samu, além de um hospital da capital foram alvos de bandidos armados. O caso mais recente foi o do Hospital Mariano Castelo Branco, na zona Norte de Teresina, que foi invadido por criminosos armados que efetuaram vários disparos contra um paciente. O caso foi registrado por volta das 4h desta quarta-feira (26).

De acordo com a Fundação Municipal de Saúde (FMS), três indivíduos encapuzados, renderam o policial responsável pela segurança da portaria e dispararam sete vezes contra um paciente. O paciente foi transferido para o Hospital de Urgência de Teresina, onde está sendo atendido.

No dia 15 de julho, um homem identificado como Cícero Pereira Lima Neto, 22 anos, foi baleado no bairro Vamos Ver o Sol, zona Sul de Teresina. Após o caso, a vítima foi atendida por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Minutos depois, criminosos que tentaram matar o homem efetuaram mais disparos de arma de fogo atingindo profissionais que realizavam o resgate do jovem ainda na rua. 

Fonte: Portal A10+