📲 Siga o A10+ no Instagram, Facebook e Twitter.

Dois integrantes de facção criminosa, Deilton dos Santos Dias e Everaldo Ferreira, conhecido como “Caçador” e apontado como disciplina do grupo, foram condenados pelo duplo homicídio de Erinelton Pereira de Souza e Mauro Cesar Aguiar dos Santos, além do cárcere privado de uma terceira vítima, ocorrido em 6 de fevereiro de 2024, em São Raimundo Nonato. As penas somadas acumulam mais de 60 anos de prisão. Os crimes, segundo a investigação, foram motivados por vingança após um conflito interno do PCC e resultou em uma série de homicídios no Sul do Piauí. 

De acordo com a Polícia Civil, as mortes de Erinelton e Mauro foram uma retaliação pela morte de um líder do PCC em Osasco (SP), em dezembro de 2023. O localização dessa liderança teria sido delatado por Erinelton a um subgrupo da facção na Bahia, o que desencadeou a ordem de execução. Os corpos dos dois foram encontrados em uma casa em São Raimundo Nonato com marcas de tiros e facadas pelo corpo. A partir disso, uma morte seria em retaliação da outra.

A disputa resultou ainda na morte de Emerson de Sousa Santos, o “Paçoca”, líder do grupo ao qual Netinho e Mauro pertenciam, assassinado em Avelino Lopes. 

Durante o julgamento realizado na 1ª Vara da Comarca de São Raimundo Nonato, o Ministério Público do Piauí (MPPI), representado pelo promotor Leonardo Dantas Cerqueira Monteiro, sustentou que os réus mataram as vítimas de forma premeditada, por motivo torpe e com recursos que impediram qualquer chance de defesa. Mauro também foi morto mediante meio cruel. No mesmo dia, os réus mantiveram ainda Jacilene Moreira da Silva, menor de idade na época, em cárcere privado.

Deilton dos Santos Dias foi condenado a 18 anos, 5 meses e 20 dias por homicídio simples contra as duas vítimas. Já Everaldo Ferreira, o “Caçador”, recebeu 44 anos, 2 meses e 15 dias de prisão pelos homicídios qualificados e pelo cárcere privado.

Os dois  foram condenados ainda ao pagamento de indenização de 50 salários-mínimos a cada herdeiro das vítimas fatais e 30 salários-mínimos à vítima de cárcere privado. Os dois possuem antecedentes por furto, roubo, receptação, porte ilegal de arma, adulteração de chassi e tráfico de drogas.

A juíza Hilda Maria da Silva Lima determinou a expedição imediata dos mandados de prisão e negou aos réus o direito de recorrer em liberdade.

Fonte: Portal A10+