Caso Débora Vitória: PM é responsável pela morte de criança em Teresina, diz DHPP

A informação foi confirmada ao A10+ pela delegada Nathália Figueiredo

(Atualizada às 19h10)

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) concluiu o inquérito do caso da morte da pequena Débora Vitória, 6 anos, e indiciou nesta terça-feira (13) o policial militar envolvido no caso por homicídio doloso. O exame balístico apontou que o tiro que matou a criança saiu da arma do tenente da PM, B. Filho.

O assaltante Clemilson da Conceição Rodrigues, de 29 anos, chegou a ser preso no mesmo dia do crime. Na época ele havia sido apontado como responsável pelo disparo que matou a criança e baleou a mãe. A delegada Nathália Figueiredo, responsável pelo caso, relatou ao A10+ que a constatação foi possível após a realização da microcomparação balística e requisição complementar.

  

Débora Vitória morreu após ter sido baleada no bairro Ilhotas
Reprodução

  

"De acordo com o exame balístico, houve compatibilidade do núcleo de chumbo encontrado no corpo da criança e a arma apresentada pelo policial", explicou a delegada. Ao A10+, a defesa do tenente da PM informou que respeita a investigação da polícia, conclusão do inquérito, mas pretende recorrer para realização de novos exames acerca do caso.

Para a delegada, tratou-se de dolo eventual, ou seja, quando não há vontade para se praticar um determinado resultado, mas a pessoa assume o risco. O inquérito será encaminhado à Justiça. Na segunda-feira (11), familiares de Débora Vitória realizaram um protesto pedindo celeridade do caso e a divulgação do exame balístico.

  

"Destruiu minha família inteira", desabafa mãe de Débora Vitória 
Thracy Oliveira / TV Antena 10
   

O caso da menina que morreu após ser baleada durante uma tentativa de assalto no bairro Ilhotas, em Teresina, completou 1 mês no último domingo (11). Em rede social, a manicure Dayane Gomes, mãe da criança, cobrou respostas da polícia e justiça pela morte da garota de 6 anos.

Em vídeo, Dayane relatou que a delegada do caso afirmou que o laudo pericial, que confirmaria se a bala que atingiu Débora saiu da arma do policial ou do assaltante, deveria ter saído com 10 dias, mas já tem 1 mês e a família até agora não recebeu o resultado. A mãe alegou que o 1º disparo saiu da arma do tenente da PM.

Dayane rebateu a primeira versão de que o tiro teria saído da arma do assaltante e afirmou que o sargento da PM atirou primeiro. Ela e a filha foram atingidas. Débora foi encaminhada para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Desde então o caso vem sendo investigado. 

O A10+ tentou, mas não conseguiu contato com a mãe de Débora para comentar o caso.

Relembre o caso

Débora Vitória estava na companhia da mãe, a manicure Dayane Gomes, quando ambas foram surpreendidas pelo criminoso em uma motocicleta que anunciou o assalto. 

Testemunhas relataram à policia que uma terceira pessoa teria visto a situação e reagido com disparos, momento em que se iniciou uma troca de tiros e as vítimas foram atingidas. O caso ocorreu no dia 11 de novembro.

Dayane, a mãe da menina foi alvejada com um disparo de arma de fogo na região da coxa. Ela e a filha foram socorridas, mas a criança não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital.

  

Assaltante foi preso no mesmo dia do crime em Teresina
Reprodução

   

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