O Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) e a Perícia Criminal realizam nesta quinta-feira (02) a reconstituição do crime que vitimou Débora Vitória, de apenas 6 anos, que morreu após ter sido baleada durante uma tentativa de assalto em Teresina. O caso ocorreu em novembro de 2022.
O objetivo é esclarecer a posição de cada um dos envolvidos durante o crime, além de identificar a trajetória exata de cada projétil que atingiu Débora Vitória, sua mãe e o assaltante.
No local, a TV Antena 10 apurou que testemunhas, a mãe e o policial que, segundo investigação, efetuou o disparo de arma de fogo contra a menina, acompanham o trabalho da polícia no bairro Ilhotas. Débora Vitória morreu no dia 11 de novembro de 2022 ao ser atingida com um tiro após um policial militar reagir a uma tentativa de assalto na zona Sul de Teresina.
O inquérito do caso foi concluído em dezembro e o policial foi indiciado por homicídio doloso, após a balística apontar que o tiro saiu da arma do tenente da PM, B. Filho.
A defesa do policial acusado de atingir a pequena Débora Vitória informou à TV Antena 10 que quer a revisão e nova realização de um exame de microbalística no projétil encontrado na criança. Debora Vitória faleceu em novembro, vítima de um tiro, e sua mãe ficou ferida.
O advogado Otoniel Bisneto disse que é de suma importância a realização de um novo exame para que seja comprovado, ou não, que o projétil realmente saiu da arma do policial. Segundo ele, a bala encontrada no corpo da vítima não corresponde com o calibre da pistola do acusado.
“Os efeitos do projétil de arma do fogo no corpo da vítima não correspondem à munição .40 e isso foi o que me levantou a primeira dúvida. A partir de então nós procuramos buscar justamente para esclarecer porque se o policial estiver disparado ele também vai responder, todavia se não foi ele o o autor do disparo há de se convir que ele vem sofrendo um lixamento moral e um assassinato de reputação por conta desse episódio no qual ele estava executando dever dele de defender a sociedade”, disse o advogado de defesa.
Relembre o caso
Débora Vitória estava saindo de casa com sua mãe, a manicure Dayane Gomes, quando foram abordadas por um assaltante, identificado como Clemilton. Durante a ação, um policial militar viu ação e reagiu ao assalto efetuando disparos.
Durante a troca de tiros do policial com o assaltante, a criança e a mãe foram atingidas. Dayane foi alvejada na coxa e Débora chegou a ser socorrida, mas morreu no hospital. O caso aconteceu no dia 11 de novembro.
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