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O Secretário de Segurança, Chico Lucas, comentou durante coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (08), sobre o relato do promotor Eny Pontes, acerca de um profissional de saúde que foi ameaçado por uma facção para não atender pacientes ligados a outras organizações criminosas em uma Unidade Básica de Saúde de Teresina. A denúncia aconteceu durante uma audiência pública para debater a segurança para os profissionais e usuários da rede.
De acordo com o gestor, ainda na segunda, a Secretaria de Segurança oficiou o promotor para que ele indicasse o profissional, o dia em que teria ocorrido a ameaça e qual paciente teria deixado de ser atendido. Chico Lucas destacou que a informação causou estranheza, pois o Ministério Público também tem sua função na atuação contra a criminalidade.
"Nos causa um pouco de espécie porque no combate ao crime organizado, não deve ser só o Poder Executivo e o Poder Judiciário. O Ministério Público também tem atuação. Então eu pergunto: por que que esse promotor ao tomar conhecimento disso, por que que ele não fez o trabalho dele, colheu o depoimento dessa pessoa e encaminhou ao Gaeco, que tem lá o Grupo de Combate ao Crime Organizado dentro do Ministério Público? Então, a gente tem que parar de ter discurso, de ter uma posição midiática e vamos ter mais ações e é isso que a gente está mostrando aqui através do Draco, através da Polícia Civil e da Polícia Militar do Piauí”, rebateu o secretário.
Jade Araújo/ A10+
Conforme o promotor, o profissional não denunciou o caso à polícia por medo. A audiência, realizada pelo MPPI, ocorreu após bandidos realizarem um tiroteio no Hospital Mariano Castelo Branco, na zona norte de Teresina, para matar um desafeto, além de outros episódios, como o que ocorreu com os profissionais do Samu baleados durante um atendimento.
“Nenhum crime deixa de ser apurado”
O Secretário de Segurança ressaltou que por parte da pasta, nenhum crime deixa de ser apurado, por isso a importância de que o promotor repasse as informações necessárias para a investigação devida. Ele chamou a atenção ainda para o caso dos profissionais do Samu, onde quatro envolvidos foram presos durante a operação S.O.S DRACO-53, deflagrada na manhã de hoje.
"Eu pedi para ele que me dê os dados. Da nossa parte eu digo com toda clareza: nenhum crime que chega ao conhecimento da Secretaria de Segurança deixa de ser apurado. Nenhum. Ele tem a obrigação de apontar qual profissional e qual paciente deixou de ser atendido por conta dessa violência. Tivemos problema com o Samu, mas todos os envolvidos no atentado foram presos hoje”, reiterou.
Chico Lucas ainda pontuou que o promotor deveria colher o depoimento e tomar as providências cabíveis do caso, ao invés de divulgar para a imprensa um discurso divergente do estado, que é o 'empenho no combate a problemática das organizações criminosas'.
“Eventualmente você tem uma pessoa que é membro de uma organização criminosa, vai para um hospital e são monitorados. Mas você dizer que a pessoa deixou de ser atendida por que a facção proíbe; eu quero que o promotor indique os nomes e pode ter certeza se isso tiver acontecido, vai ser apurado e isso não vai acontecer no Piauí. Nós temos que ter responsabilidade também e temos que atuar no combate ao crime organizado. O promotor deveria colher esse depoimento e tomar as providências nesse caso. E não só lançar na imprensa, com esse discurso que não é o discurso do estado. O estado está empenhado junto com o poder judiciário para resolver o problema das facções", finaliza.
Reprodução
Fonte: Portal A10+