Instituto de Advogados Piauienses completa 94 anos de criação - Justiça
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Instituto de Advogados Piauienses completa 94 anos de criação

IAP se configura como a mais antiga instituição jurídica do Piauí


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No domingo, 6 de julho, completou-se 94 anos da criação do Instituto de Advogados Piauienses, criado sob o nome de com de Instituto da Ordem dos Advogados Piauienses – o que indicava em sua gênese o objetivo de trazer a lume a OAB, mantendo posteriormente seu papel de promotor do saber jurídico e difusor de ideias que favorecem a boa prática de advogados e advogadas.

Criado num tempo em que também o ensino jurídico estava se iniciando no Piauí, o IAP se configura como a mais antiga instituição jurídica do Piauí, tendo entre seus dirigentes grandes formuladores do direito no Estado, como os professores Jorge Chaib e Joaquim Bezerra, renovando-se na contemporaneidade, ao ligar-se ao Instituto dos Advogados Brasileiros, atualmente sob liderança da doutora Rita Cortez.

  
Instituto de Advogados Piauienses completa 94 anos de criação
Freepik/ Ilustrativa
 
 
 

Em quase 100 anos de existência, essa instituição surgiu na emergência da institucionalização do ensino do Direito em nosso Estado, em 1931, quase 100 anos após o surgimento dos primeiros cursos jurídicos no país. Assim, uma de suas atribuições precisa e deve ser a de preservar e promover e cultura jurídica, vez que sob o aspecto da representatividade é a Ordem dos Advogados a quem cabe esse mister.

Em 1931, quando homens como meu avô o desembargador João Osório Porfírio da Mota, se reuniram para funda o instituto e a partir dele criar a Seccional Piauiense da Ordem dos Advogados do Brasil, o Brasil era marcado pela agitação política derivada do chamada Revolução de 1930, que pôs fim à Primeira República, abrindo caminho para uma nova ordem política e social, na qual, devemos lembrar, advogados tiveram decisiva participação.

Nesse contexto, o Instituto abriu os caminhos legais e burocráticos para que a Advocacia ganhasse uma representatividade política para além do espaço menor das disputas partidárias eleitorais, inserindo-se no tecido institucional do próprio estado brasileiro.

No caso local, de nosso Piauí, o Instituto foi tributário em suas ações inaugurais da elaboração de textos constitucionais e legais do Estado – entre os quais podem ser listados os Códigos Estadual de Processo Civil e Penal. Seguiu-se nessa toada quando deu a entidade o suporte para que a OAB fosse criada, em 1932, contribuindo ainda para o estabelecimento de legislações estaduais as mais diversas.

Por dez anos, entre 1960 e 1970, o professor Joaquim Bezerra, dirigiu a entidade, que desde 2009, sob minha liderança, busca um protagonismo e promoção de eventos que valorizam o saber jurídico – o que, ao fim e ao cabo, representa a valorização do trabalho de advogados e de outros operadores do Direito em nosso Estado.

Segue o IAP, pois, pautado pelos seus fins do estudo e difusão da ciência jurídica, sempre com foco em culto à Justiça, o que significa a colaboração e atuação, por todos os meios admissíveis, na manutenção e no aperfeiçoamento da ordem jurídica legítima e democrática; a defesa do estado de direito, dos direitos humanos, das prerrogativas dos advogados como mecanismo de manutenção dos interesses da sociedade.

Nosso papel de defesa da ordem democrática, desde sempre, orienta-se pela determinação de fazer com que o saber jurídico esteja sempre em espaço de avanços civilizatórios para que se promova a defesa dos interesses da nação, da igualdade racial, do meio ambiente, dos consumidores e do patrimônio cultural, artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico – porque são esses interesses e direito difusos de toda a sociedade, cuja representação cabe aos advogados, sempre.

Neste sentido, pois, o IAP sempre se pautará por estar ombreado às demais instituições jurídicas com o fito de representar aos poderes públicos quanto à organização e à administração da justiça, às práticas jurídico-administrativas e à atividade legislativa, bem assim promover, junto às autoridades, a defesa dos interesses dos advogados e dos juristas em geral, de tal sorte que sejam preservados em totalidade os espaços para o exercício do Direito enquanto instrumento máximo de segurança jurídica e cidadania.

Por Álvaro Mota, Piauí Hoje


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