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O pedido de empréstimo pelo Prefeito de Teresina se transformou em campo de batalha que vão dos interesses políticos à retaliações pessoais na Câmara Municipal. Um dos principais problemas para Sílvio Mendes (UB) é não ter uma base consolidada e um líder com mais força no parlamento. O que se viu na manhã desta terça-feira (21) foram trocas de farpas e desculpas que mantém a proposta em suspenso por pelo menos uma semana.
A Prefeitura quer aprovação de um empréstimo de R$ 435 milhões para pagar o saldo devedor de outra operação de crédito, o chamado BB 500, feito na administração do Dr. Pessoa (PRD). A ideia é, com juros menores, entre outras vantagens, conseguir uma economia de R$ 100 milhões, segundo a Prefeitura de Teresina. Mas, parece que alguns vereadores não acreditaram nisso.
Apesar da rivalidade “ideológica” vereadores de oposição a Sílvio Mendes, no caso João de Deus Pereira (PT) e que apoiaram o Prefeito, Petrus Evelyn (PP), que se diz independente, usaram o mesmo argumento para pedir vistas do projeto. Para eles, é preciso mais tempo para conhecer todos os detalhes e saber se realmente é de interesse dos teresinenses, muito embora ambos confirmaram que necessariamente não significa votar contra ou a favor.
Já o líder do Prefeito, vereador Bruno Vilarinho (PRD) disse que a proposta tramitou nas comissões técnicas e que todas as dúvidas dos parlamentares estariam satisfeitas. Mas, meio sem graça, disse que “respeita” a decisão dos colegas. Aqui, não podemos dizer se de fato todas as informações questionadas estão à disposição dos vereadores. Mas, quando o Presidente pauta uma matéria normalmente todos sabem o que e como estão votando.
Em tese, o pedido de vistas parece muito mais uma questão política da oposição capitaneada pelo PT após o vereador Pedro Alcântara (PP) usar a tribuna para criticar o Governo do Estado. No caso de Petrus, possivelmente sua “independência” no caso seja muito mais um desagravo por estar há cerca de oito meses buscando informações da Prefeitura de Teresina e, sem as ter, acionou Justiça alegando falta de transparência. Assim, tanto ele quanto o colega petista parecem estar mais imbuídos em questões mais pessoais do que propriamente pelo povo de Teresina. Pelo menos é que se comenta em “off” na Câmara Municipal.
PEDRO ALCÂNTARA
Pedro Alcântara (PP) foi à tribuna e sugeriu que a Polícia Federal que investigasse denúncias que teriam chegado a ele por parte de microempresários, onde afirmariam que a venda de produtos para alimentação escolar beneficiaria determinado grupo de fornecedores. A reação foi imediata de Deolindo Moura (PP), onde disse que o parlamentar seria irresponsável e que faz acusações sem provas apenas para lucrar “recortes para redes sociais”. Na tréplica, o jornalista chama o colega de “mentiroso de carteirinha” e “covarde” após ouvir que o senador Ciro Nogueira teria sido alvo de uma operação policial.
O fato é que a Câmara está estadualizada em função de parlamentares que devem ser candidatos à deputado federal e estadual. No caso de Pedro Alcântara, seu erro principal foi o timing, ou seja, com uma votação importante para o Palácio da Cidade e sendo ele da base, deveria ter focado em evitar atritos e com isso não dar à oposição margem para alguma manobra, como o pedido de vistas, mesmo que esse “atraso” também tenha, como dizem na Câmara, um “isentão”, um sinônimo para "independente".
Fonte: Portal A10+