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O A10+ e a TV Antena 10 obtiveram, com exclusividade, a foto de Welson Carvalho, 22 anos, pai do bebê Wesley Carvalho que teria sido queimado vivo durante um ritual em dezembro de 2021 em Teresina. Os pais e avós paternos da criança foram presos pela Polícia Civil na segunda-feira (21). Em entrevista ao A10+, a conselheira tutelar Socorro Arrais relatou que toda família participou de um jejum por 14 dias, inclusive a criança.
Depois disso, segundo Ângela Valéria, o bebê foi entregue ao pai que teria queimado o corpo em uma caeira para esconder o crime. Como o fato ocorreu em dezembro de 2021, e a polícia só teve conhecimento do caso em fevereiro deste ano, os peritos estão tendo dificuldades para localizar os restos mortais da criança.
De acordo com a conselheira é visível que Ângela precisa de tratamento psicológico. “Ela tem um déficit, agora cabe aos órgãos que estão com ela fazer um encaminhamento psiquiátrico. A família dela deu um celular pra que ela se comunicasse com eles, e a família do pai jogou esse celular no fogo também, por que não era pra ter contato com ninguém", disse.
A conselheira citou ainda que o profeta teria 12 anos e que tinha influência sobre toda família do bebê Wesley Carvalho. Os pais e avós da criança seguem presos. Na terça (22), em entrevista à TV Antena 10, o delegado geral da Polícia Civil, Luccy Keiko, confirmou que os pais de Wesley Carvalho, desaparecido em dezembro do ano passado, mudaram a versão e afirmaram que o bebê morreu em decorrência de um jejum religioso de duas semanas.
“Desde o início da investigação, os pais e a família paterna apresentavam informações conflitantes, nós trabalhamos durante todo o final de semana tentando descobrir, a família ainda chegou a dizer que ele tinha caído em um poço, quando estaria com os avós paternos e o pai, levamos o corpo de bombeiros e fizemos escavações, e nada foi encontrado”, disse.
Com a repercussão do caso e a exposição de Ângela, a família, que não tem advogado, teme que a jovem pague pelo crime sozinha. "Nós não temos advogado, e queremos que ela faça um exame da cabeça, a polícia tem que levar em conta que ela sofria nas mãos deles e era coagida, tanto que ele não deixava ela vir aqui", disse Raimundo Olegário ao A10+.
Vizinha cita comportamento estranho dos pais do bebê
Uma vizinha do casal, que preferiu não se identificar, relatou ao A10+ que os pais do bebê Wesley eram 'esquisitos e estranhos' e que nunca viu a criança. Ela citou que não via movimentação na casa, mas sabia que eles eram crentes. Os pais moravam no povoado Santa Tereza, zona Rural de Teresina.
"Eles não falavam com ninguém, não dava bom dia, nem nada. Ficamos indignados com a história até porque era uma criança. Nunca fui convidada a participar dessa seita e nem quero saber. Depois só soube que eles foram embora. Nunca vi movimentação desse ritual. Só sabia que eles eram crentes e estranhos. Ninguém tinha intimidade com eles", disse.
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