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Os pais do estudante de Direito, Lucas Vinícius, Ana Lucia e Antônio Moisés, voltaram a se pronunciar sobre o caso, em live com o Núcleo de Apoio às Vítimas de Violência (Navv), onde afirmaram que a família da Gabriela Vasconcelos tentou intimidá-los, por ter envolvimento político e acesso a delegados e peritos que poderiam supostamente, agilizar o caso e facilitar o enterro do estudante, assim que o corpo fosse encontrado. A revelação fez com que a família descredibilizasse o resultado da perícia realizada em um corpo carbonizado encontrado dias após o desaparecimento do estudante, ocorrido em 24 de abril.
“Após o resultado do DNA eu fui falar com o perito e ele revelou que o serviço dele é 100% integro, mas que não podia garantir que o material enviado para ele era do corpo carbonizado”, a família acredita que o corpo encontrado carbonizado no assentamento Emiliano Batata, próximo ao Rodoanel de Teresina é do estudante. O corpo além de carbonizado estava sem os dentes, e com braços e pernas serradas. O exame de DNA apontou que os restos mortais não pertenciam a Lucas Vinícius.
Ao Navv, a mãe de Lucas, Ana Lúcia relembrou todo o caso e falou sobre detalhes da vida do jovem que contradizem o que a namorada afirma. Fatos como o uso de bebida alcoólica, e a notificação ao corpo de bombeiros, ainda são questionados pela família.
“O Lucas era muito preocupado com o corpo, tanto que ele pesava a comida, recentemente ele tava fazendo dieta e queria ganhar músculos, por isso ele estava sem beber, inclusive pessoas que estiveram nessa festa que eles estavam afirmaram que ele não estava bêbado”, disse a mãe do jovem.
A mãe de Lucas não acredita que o filho tenha se jogado da ponte, revelando inclusive que no dia que chegaram ao Piauí, foram em diversos hospitais, na companhia de Gabriela, procurando pelo corpo.
“Ela foi pra vários hospitais com a gente, procurar ele vivo, eu até questionei ela, como assim ele vai tá aqui no hospital machucado. Como se ele se jogou no rio?”, revelou.
Ainda sobre a noite do desaparecimento de Lucas, a família tem diversos questionamentos, como o fato das pessoas que trabalham e frequentavam a região não terem ouvido a queda do corpo, e o bombeiros não terem sido acionados.
“Ela disse primeiro que era um casal que viu ela na ponte, depois disse que não, que foram várias pessoas. Primeiro ela disse que foi ela que ligou pros Bombeiros, depois nós sabemos que foi o casal de patrões dele, eles que foram ao Corpo de Bombeiros três horas da manha e disseram que não havia nenhum comunicado”, relatou Ana Lúcia.
Pais pedem novo exame em corpo carbonizado e perícia em celulares
Antônio Moisés e Ana Lúcia, pais de Lucas Vinícius, pediram neste sábado (02), em vídeo enviado ao A10+, um novo exame no corpo carbonizado que foi encontrado no Assentamento Emiliano Batata, próximo ao Rodoanel, zona rural Sudeste de Teresina, em 30 de abril deste ano. Um exame do IML apontou que os restos mortais não são do estudante de Direito.
Lucas está desaparecido há mais de 80 dias. Sem respostas sobre o paradeiro do jovem, a família voltou a questionar alguns pontos do caso. Ana Lúcia e Antônio Moisésquerem uma perícia nos celulares dos familiares de Gabriela Vasconcelos, namorada do jovem. Em depoimento à polícia, ela afirmou que Lucas se jogou da ponte JK, na madrugada no dia 24 de abril, no rio Poti. A família do estudante não acredita na versão, principalmente porque o corpo não foi encontrado.
"Nós não estamos confiantes no resultado que deu. Eu quero pedir que seja feita a contraprova pelo Ministério Público, nós queremos fazer o DNA, que o nosso perito colete material e seja feito o DNA aqui em São Paulo. Foi passado pra gente que o corpo carbonizado foi extraído todos os dentes, então quem fez essa malvadeza com esse corpo foi pra dificultar mesmo a investigação", disse Ana Lúcia.
Pais de Lucas Vinícius estendem faixa e afirmam: "Jamais ele se jogaria daquela ponte"
Com mais de um mês do desaparecimento de Lucas Vinícius Monteiro de Oliveira, os pais, Ana Lúcia e Antônio Moisés, estenderam uma faixa na Ponte Juscelino Kubitschek pedindo por justiça no último dia 2 de junho. Em entrevista ao A10+, os pais falaram sobre o sentimento de impunidade pelo corpo do filho ainda não ter sido encontrado.
Ana Lúcia e Antônio Moisés residem em São Paulo e voltaram para Teresina em busca de informações sobre o paradeiro do filho. Às cinco da manhã desta quinta-feira (02) o casal colocou uma faixa na ponte. Ana Lúcia relatou o sentimento em quase um mês de ausência do filho.
“Meu coração está muito apertado. A gente não consegue voltar a nossa vida normal mais. Enquanto não resolver essa situação a gente vai ficar vindo sempre aqui. Está sendo bem difícil para gente”, disse.
DHPP pede prorrogação de inquérito
O Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) pediu à justiça a prorrogação de inquérito que investiga o desaparecimento do estudante de Direito, Lucas Vinícius. Ao A10+, a delegada Fernanda Novaes, responsável pelo caso, informou que foi solicitada à justiça a prorrogação pelo inquérito
"Foi feito pedido de dilação de prazo para a justiça com objetivo de dar continuidade às investigações. A autoridade policial pede a dilação de prazo, mas quem decide se prorroga é a justiça", disse.
Entenda o caso
Segundo a namorada do estudante, Gabriela Vasconcelos, ambos retornavam de uma festa quando o jovem quis parar o carro na Ponte Juscelino Kubistchek. Ele se aproximou da mureta da ponte e teria se jogado no rio Poti. Gabriela chamou os bombeiros que iniciaram as buscas pelo estudante, e mais de 80 dias depois, o corpo continua desaparecido. A namorada já prestou depoimento à polícia sobre o caso.
"Ela [Gabriela] tinha um cuidado especial com ele. Inclusive, os prints de conversas com o jovem foi apresentado à polícia. Ela era como uma mãe para o Lucas aqui. Ele sofria de um problema de transtorno depressivo e ansiedade. Ela procurava tratamento, sempre manteve contato com a mãe dele, inclusive pedindo ajuda para ela. Sempre preocupada para que ele buscasse tratamento para a situação que ele estava passando", relatou o advogado Wyttalo Veras, que representa Gabriela, em entrevista à TV Antena 10.
Em nota enviada ao A10+, a defesa de Gabriela Vasconcelos pontuou ainda que o fato está sob investigação policial, não havendo, até o momento, qualquer prova de materialidade de crime ou suspeito indiciado.
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Fonte: Portal A10+