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O desaparecimento do estudante de Direito, Lucas Vinícius, completou 5 meses no último dia 24 de setembro. Sem respostas e com a demora acerca do caso, a família do jovem contratou uma equipe de peritos e investigadores forenses de São Paulo para realizar novas investigações sobre o sumiço.
O A10+ e a TV Antena 10 apuraram em 1ª mão que os profissionais estiveram em Teresina e refizeram alguns passos que teriam sido feitos pelo estudante antes do desaparecimento. Em depoimento à polícia, a namorada Gabriela Vasconcelos relatou que o jovem estava embriagado e que teria se jogado no rio Poti. Os bombeiros realizaram buscas buscas no rio, mas seu corpo nunca foi encontrado.
Inicialmente, a Polícia Civil do Piauí trata o caso como desaparecimento. Sem respostas, a família de Lucas, que reside em São Paulo, pede justiça e não acredita que o jovem pulou da ponte JK, como relatou a namorada. As investigações do caso estão sob o comando do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP).
A equipe de Peritos e Investigadores Forense de São Paulo é composta pelo Dr. Cleiton Sá, Dr Ricardo Resende e Dra Christiane Duarte e atua nos principais casos de desaparecimentos e violências no Brasil.
Em Teresina, eles estiveram em reunião com os principais órgãos responsáveis pela investigação em curso, Delegacia de Polícia Geral, Promotoria de Justiça, Departamento de Desaparecimento do DHPP, Comando do Corpo de Bombeiros e Diretor Geral do IML de Teresina.
O A10+ apurou que eles estiveram nos principais locais em que Lucas Vinícius foi visto pela última vez, entre eles, o local da festa que o estudante de Direito participou no Sítio Cantão. De lá, eles refizeram o trajeto até a Ponte Jucelino Kubitschek, fizeram todo levantamento topográfico da ponte e do rio e suas margens até o encontro dos Rios.
A equipe conversou com pescadores, moradores ribeirinhas, pessoas que ainda não tinham sido ouvidas no inquérito sobre o desaparecimento. Um relatório será concretizado e um parecer técnico será apresentado as autoridades competentes com solicitações de novas diligências e providências sobre o caso.
"Meu filho está desaparecido desde o dia 24 de abril após ter ido para uma festa em um sítio com a namorada. Vimos a necessidade em contratar uma equipe de São Paulo para saber o que de fato ocorreu. Eu tenho certeza que se meu filho estiver nesse rio, ele foi jogado", desabafou a mãe de Lucas, Ana Lúcia, à TV Antena 10.
“Vocês já viram um corpo afogado que passou três meses no rio?”, questiona mãe
Ana Lúcia, mãe do estudante Lucas Vinícius, mandou vídeo ao A10+ e questionou ao Corpo de Bombeiros se existe histórico de pessoas que se afogaram no rio e apareceram meses depois. A família do jovem não acredita na versão apresentada pela namorada.
“Eu gostaria de saber se vocês do Corpo de Bombeiro já presenciaram, já viram uma pessoa ficar a mais de dois meses, três meses no rio aparecer, embora eu não acredite nessa versão, como vocês estão trabalhando incansavelmente eu me vi na obrigação de agradecer”, disse.
No dia que completou três meses do desaparecimento de Lucas, Ana Lucia afirmou que o perfil do jovem na rede social instagram, principal instrumento de comunicação usado pela família para pedir justiça, foi desativado, a mãe suspeita que a conta estava logada no computador de sua namorada.
“Nós não vamos parar de procurar o Lucas, esse caso não ficará impune, vamos fazer o impossível para localizar o Lucas. Não adianta hackear o Instagram do Lucas", afirmou.
Início do caso
Segundo a namorada do estudante, Gabriela Vasconcelos, ambos retornavam de uma festa quando o jovem quis parar o carro na Ponte Juscelino Kubistchek. Ele se aproximou da mureta da ponte e teria se jogado no rio Poti. Gabriela chamou os bombeiros que iniciaram as buscas pelo estudante, que ainda hoje não foi encontrado.
A namorada do jovem transferiu a quantia de R$ 3,5 mil da conta do estudante para sua conta pessoal. De acordo com o documento que o A10+ e a TV Antena 10 obtiveram acesso com exclusividade, o pix foi realizado no dia 24 de abril às 14h27min, horas após Gabriela Vasconcelos ter afirmado que Lucas havia se jogado no rio Poti.
O advogado Wyttalo Veras, que representa Gabriela Vasconcelos, procurou o A10+ e relatou que a transferência de R$ 3,5 mil foi autorizada pela família de Lucas Vinícius. Segundo ele, o dinheiro seria para pagar um cartão de Gabriela, mas que era usado pelo estudante de Direito.
A defesa afirmou que a quantia seria para pagar um cartão na segunda-feira (25), um dia depois do desaparecimento de Lucas. Wyttalo Veras informou que a família do jovem chegou ao Piauí ainda no domingo (24) e que, segundo ele, teria conhecimento dessa transferência. Em print, o advogado relatou que os pais de Lucas chegaram em Teresina por volta das 12h30 e que do aeroporto foram para casa dos pais de Gabriela.
Antônio Moisés e Ana Lúcia, pais de Lucas Vinícius que residem em São Paulo, vieram para Teresina para acompanhar as buscas pelo filho. Eles se pronunciaram pela primeira vez no dia 10 de maio.
Corpo carbonizado
Um corpo foi encontrado carbonizado no Assentamento Emiliano Batata, próximo ao Rodoanel, zona rural Sudeste de Teresina, no dia 30 de abril, seis dias após o desaparecimento de Lucas. Houve a suspeita de que os restos mortais encontrados poderiam ser de Lucas, mas no dia 20 de junho o Instituto de Medicina Legal (IML) emitiu um laudo negando a suspeita.
Antônio Moisés e Ana Lúcia se pronunciaram no dia 02 de julho, pedindo que um novo exame no corpo carbonizado fosse feito por desacreditarem do resultado.
Conflito entre as famílias
Os pais de Lucas Vinícius, Ana Lucia e Antônio Moisés, desacreditam da versão de Gabriela desde o desaparecimento do estudante.
No dia 14 de julho eles voltaram a se pronunciar sobre o caso e afirmaram que a família da Gabriela Vasconcelos tentou intimidá-los. Segundo eles, a família de Gabriela teria envolvimento político e acesso a delegados e peritos que poderiam supostamente, agilizar o caso e facilitar o enterro do estudante, assim que o corpo fosse encontrado.
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Fonte: Portal A10+