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Após três meses, Ana Lúcia, mãe do estudante Lucas Vinícius, desaparecido no dia 24 de abril, divulgou vídeo agradecendo ao Corpo de Bombeiros e ao Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) por continuarem as buscas pelo jovem.
“Eu gostaria de agradecer ao Corpo de Bombeiros, por nos dar esse apoio incansavelmente, eu soube que eles continuam em busca do Lucas, também quero agradecer ao DHPP de Teresina por estar conosco e os policiais por estar nos ajudando a elucidar esse caso”, afirmou a mãe do jovem.
A mãe de Lucas questionou ainda, em vídeo enviado ao A10+ e TV Antena 10, se existe histórico de pessoas que se afogaram no rio e apareceram meses depois.
“Eu gostaria de saber se vocês do Corpo de Bombeiro já presenciaram, já viram uma pessoa ficar a mais de dois meses, três meses no rio aparecer, embora eu não acredite nessa versão, como vocês estão trabalhando incansavelmente eu me vi na obrigação de agradecer”, disse.
No dia que completa três meses desaparecido, Ana Lucia afirmou que o perfil do jovem na rede social instagram, principal instrumento de comunicação usado pela família para pedir justiça, foi desativado, a mãe suspeita que a conta estava logada no computador de sua namorada.
“Nós não vamos parar de procurar o Lucas, esse caso não ficará impune, vamos fazer o impossível para localizar o Lucas. Não adianta hackear o Instagram do Lucas", revelou.
Assista ao vídeo abaixo:
Início do caso
Segundo a namorada do estudante, Gabriela Vasconcelos, ambos retornavam de uma festa quando o jovem quis parar o carro na Ponte Juscelino Kubistchek. Ele se aproximou da mureta da ponte e teria se jogado no rio Poti. Gabriela chamou os bombeiros que iniciaram as buscas pelo estudante, que ainda hoje não foi encontrado.
A namorada do jovem transferiu a quantia de R$ 3,5 mil da conta do estudante para sua conta pessoal. De acordo com o documento que o A10+ e a TV Antena 10 obtiveram acesso com exclusividade, o pix foi realizado no dia 24 de abril às 14h27min, horas após Gabriela Vasconcelos ter afirmado que Lucas havia se jogado no rio Poti.
O advogado Wyttalo Veras, que representa Gabriela Vasconcelos, procurou o A10+ e relatou que a transferência de R$ 3,5 mil foi autorizada pela família de Lucas Vinícius. Segundo ele, o dinheiro seria para pagar um cartão de Gabriela, mas que era usado pelo estudante de Direito.
A defesa afirmou que a quantia seria para pagar um cartão na segunda-feira (25), um dia depois do desaparecimento de Lucas. Wyttalo Veras informou que a família do jovem chegou ao Piauí ainda no domingo (24) e que, segundo ele, teria conhecimento dessa transferência. Em print, o advogado relatou que os pais de Lucas chegaram em Teresina por volta das 12h30 e que do aeroporto foram para casa dos pais de Gabriela.
Antônio Moisés e Ana Lúcia, pais de Lucas Vinícius que residem em São Paulo, vieram para Teresina para acompanhar as buscas pelo filho. Eles se pronunciaram pela primeira vez no dia 10 de maio.
Corpo carbonizado
Um corpo foi encontrado carbonizado no Assentamento Emiliano Batata, próximo ao Rodoanel, zona rural Sudeste de Teresina, no dia 30 de abril, seis dias após o desaparecimento de Lucas. Houve a suspeita de que os restos mortais encontrados poderiam ser de Lucas, mas no dia 20 de junho o Instituto de Medicina Legal (IML) emitiu um laudo negando a suspeita.
Antônio Moisés e Ana Lúcia se pronunciaram no dia 02 de julho, pedindo que um novo exame no corpo carbonizado fosse feito por desacreditarem do resultado.
No dia 14 de julho eles voltaram a se pronunciar sobre o caso e afirmaram que a família da Gabriela Vasconcelos tentou intimidá-los. Segundo eles, a família de Gabriela teria envolvimento político e acesso a delegados e peritos que poderiam supostamente, agilizar o caso e facilitar o enterro do estudante, assim que o corpo fosse encontrado.
Polícia segue investigando
O Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) pediu à justiça a prorrogação de inquérito que investiga o desaparecimento do estudante de Direito, Lucas Vinícius. Ele está desaparecido há mais de 90 dias. Ao A10+, a delegada Fernanda Novaes, responsável pelo caso, informou que foi solicitada à justiça a prorrogação pelo inquérito.
"Foi feito pedido de dilação de prazo para a justiça com objetivo de dar continuidade às investigações. A autoridade policial pede a dilação de prazo, mas quem decide se prorroga é a justiça", disse.
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Fonte: Portal A10+