Está sendo realizada nesta quinta-feira (22) a audiência de instrução e julgamento dos acusados de matar a estudante de medicina Flávia Wanzeler, no dia 12 de fevereiro, na zona Leste de Teresina. Francisco Emanoel dos Santos Gomes, conhecido como “Biel”, Denilson Weviton Santos Nicolau, o Ceará, e Antônio Cleison Barbosa da Silva, o Macapá, foram apontados como participantes da tentativa de latrocínio que vitimou a estudante. Nas primeiras horas da audiência, oito testemunhas de defesa e duas de acusação foram ouvidas.
À TV Antena 10, a assistente de acusação, Amanda Sampaio, informou que o namorado de Flávia Wanzeler, que estava com ela no dia do crime, prestou depoimento de forma online. A acusação também alega que a versão dos três indiciados é divergente.
"Eles tentam desconstituir a questão do reconhecimento feita por parte do namorado, eles estão fazendo o trabalho deles. O nosso é construir cada vez mais o caminho para mostrar que eles são culpados e tem que pagar. O nosso trabalho é para que consigamos a pena mais alta possível. Eu acredito que ele (namorado dela) seja um dos mais afetados, ele viu tudo, ele viu uma companheira de mais de 10 anos ser tirada dele por uma pessoa que não tinha motivo algum. Ele nem conseguiu vir, ele foi intimado, mas prestou depoimento de forma online", explica a advogada.
Flávia Cristina Wanzeler Sampaio, de 23 anos, morreu em um hospital particular de Teresina após ser baleada em uma tentativa de assalto na Avenida Homero Castelo Branco, zona Leste. O caso ocorreu na tarde do dia 12 de fevereiro desse ano. Ela estava com o namorado dentro de um carro quando ambos foram abordados pelos criminosos.
Francisco Emanoel dos Santos Gomes, conhecido como “Biel”, de 21 anos, é apontado como autor dos disparos que mataram a estudante de medicina.
Amanda Sampaio, que também é madrinha e prima de Flávia, relata que hoje a família está destruída e que eles sentem profundamente a ausência da estudante.
"A nossa família está destruída. Ninguém quando morre é qualquer pessoa, mas a Flavinha era muito especial. Foram sonhos tolhidos da nossa vida. Foram sobrinhos que não nasceram, foram os netos que não nasceram, foi o sonho da formatura de medicina que não aconteceu, foi o casamento com o namorado que não aconteceu. A mãe não conseguiu vir, ela não consegue olhar o rosto deles. O pai também não. Eu confesso mesmo que enquanto profissional eu achei que não ia conseguir", finaliza.
Defesa alega que Macapá não participou de crime
O advogado de defesa, Smile Carvalho, afirma que o trabalho será em cima da inexistência do indicio de participação de Antônio Cleison Barbosa da Silva, o Macapá, terceiro a ser preso durante as investigações do caso.
"A defesa está para garantir um julgamento justo nos termos da lei, é isso que a gente preza. Quanto ao Ceará, ele confessou a participação no crime e quanto ao Macapá a defesa entende a inexistência do indicio de participação dele no crime. Nós não vimos qualquer indício de sua participação. Isso foi falado até pelos outros acusados. O Ceará informa que foi o Biel que desferiu o tiro, inclusive, uma vitima que sobreviveu informou isso na audiência", afirma.
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