📲 Siga o A10+ no Instagram, Facebook e Twitter.
O desembargador Erivan Lopes, da 2ª Câmara Especializada Criminal, negou o pedido de Habeas Corpus do empresário Gustavo Soares Santos, envolvido na na tentativa de latrocínio que vitimou a estudante de medicina Flávia Wanzeler, em fevereiro deste ano. Ele era empresário do ramo de barbearia e segundo as investigações, financiava o crime, colocando bandidos para roubar carros em Teresina e vendia os veículos sob encomenda.
Na decisão, obtida pelo A10+, consta que a defesa argumentou que "inexistem os requisitos para prisão temporária; que não há motivos para manutenção da medida; que o paciente é primário, possui bons antecedentes, residência fixa, é profissional da psicologia e não tem nenhum liame com o crime; que são cabíveis medidas cautelares diversas da prisão", e portanto, requereu a concessão da liminar, expedindo-se alvará de soltura.
No entanto, o desembargador Erivan Lopes afirmou que a "prisão temporária está devidamente fundamentada na presença de indícios de que o paciente possivelmente integra organização criminosa suspeita da prática do delito de latrocínio e na imprescindibilidade para as investigações, atendendo aos termos descritos na Lei nº 7.960/89. Além disso, é adequada à gravidade dos delitos, conforme os novos critérios estabelecidos pelo STF (ADI 4.109 e ADI 3.360), porquanto, trata-se de latrocínio, em tese, praticado no contexto de organização criminosa, tendo o paciente sido indicado como o locatário do veículo empregado ao apoio do grupo criminoso e como financiador/apoiador dos delitos", diz trecho.
Diante do exposto, Erivan indeferiu o pedido de liminar e determinou a notificação da defesa de Gustavo as para devidas informações no prazo de dez dias.
Prisão
Gustavo Soares Santos foi detido na mesma ação que também culminou na prisão de Carlos Eduardo Gomes Lúcio, que é apontado como piloto do veículo que os criminosos usaram para praticar o assalto no dia da morte da estudante. As prisões ocorreram em 31 de maio.
Relembre o caso
Flávia Cristina Wanzeler Sampaio, de 23 anos, morreu em um hospital particular de Teresina após ser baleada em uma tentativa de assalto na Avenida Homero Castelo Branco, zona Leste. O caso ocorreu na tarde do dia 12 de fevereiro desse ano. Ela estava com o namorado dentro de um carro quando ambos foram abordados pelos criminosos.
Dois dos suspeitos foram presos na tarde do dia 13 sob suspeita de envolvimento no crime. Durante a noite o terceiro suspeito foi capturado pela polícia. As prisões ocorreram em Caxias-MA e Teresina-PI.
Francisco Emanoel dos Santos Gomes, conhecido como “Biel”, de 21 anos, é apontado como autor dos disparos que mataram a estudante de medicina.
Matérias relacionadas
- Empresário é preso suspeito de financiar criminosos envolvidos na morte de Flávia Wanzeler
- Justiça mantém prisão preventiva dos acusados de matar estudante Flávia Wanzeler
- MP oferece denúncia contra acusados de assassinar estudante Flávia Wanzeler em Teresina
- Suspeito de matar Flávia Wanzeler riu e disse que tiro foi ‘efeito colateral’, conta delegado
- Caso Flávia Wanzeler: polícia prende mais um envolvido em assassinato de estudante de medicina
- Saiba quem é Biel, apontado como autor dos disparos que mataram Flávia Wanzeler
- Suspeitos de matar estudante Flávia Wanzeler são presos pela polícia
- Flávia Wanzeler: três homens são presos suspeitos de envolvimento no assassinato de estudante
- Sob forte comoção, familiares se despedem de Flávia Wanzeler: “Esperamos justiça”, diz avô
- “Um pouco de mim se quebrou”, diz mãe de estudante de medicina assassinada em Teresina
- Estudante de medicina morre após ser baleada em tentativa de assalto na zona Leste de Teresina
Fonte: Portal A10+