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O restaurante Coco Bambu reabriu, nessa segunda-feira (26), após ser atingido por forte explosão em dezembro do ano passado. Outro restaurante da rede, o Vasto, ficou totalmente destruído com o acidente.
Pelas redes sociais, o estabelecimento situado no bairro Fátima, na zona Leste de Teresina, compartilhou um vídeo mostrando o retorno dos funcionários e eles unidos para o recomeço dos trabalhos no local, que dispõe de nova estrutura para o público.
Reprodução/Redes Sociais
O restaurante manteve grande parte dos funcionários. O Sindicato da Hotelaria e Gastronomia do Piauí (Sintshogastro) informou ao A10+ que o grupo tem 286 trabalhadores e 67, que estavam em período de experiência, foram desligados temporariamente, e retomarão às atividades.
A explosão
O local onde funcionava o Vasto Restaurante explodiu nas primeiras horas do dia 21 de dezembro. O local ficou completamente destruído e uma pessoa ficou ferida. O Vasto pertence ao grupo Coco Bambu, que fica localizado ao lado e também foi atingido pela explosão.
Na ocasião, o restaurante estava fechado para o público e um funcionário do local ficou ferido. De acordo com o documento, a hipótese mais provável é que a explosão foi causada por vazamento de gás.
Jade Araújo / A10+
“[…] tendo a hipótese mais provável da causa da explosão sido provocada por vazamento de gás na rede secundária da cozinha do Restaurante Vasto, oriundo ou de defeito ou no regulador de gás ou no equipamento ou por ação direta de acionamento, onde houve saturação da massa de gás no ambiente e a ignição ocorreu, positivamente, por contato com faísca elétrica gerada ao toque de um interruptor de acionamento de exaustor”, mostra trecho de documento obtido pelo A10+.
De acordo com o laudo, foi possível analisar que a cozinha do restaurante foi o epicentro do acidente e que a explosão aconteceu lá, corroborando assim com a hipótese de vazamento no local.
“Ainda nos levantamentos, utilizando-se imagens aéreas produzidas por drone, constatou-se vários vetores de dissipação de destroços, todos convergindo para o mesmo ponto de origem: a cozinha do Restaurante Vasto. Todos os vetores foram oriundos do mesmo ponto: a cozinha do Restaurante Vasto, ponto que foi logo identificado como sendo o epicentro da explosão”, aponta.
Cheiro de gás foi sentido 3h antes da explosão
No documento consta que no dia da explosão Felipe Nabuco de Melo trabalhava no local como vigilante. Em seu depoimento à polícia ele contou que por volta das 3h da manhã ouviu um ruído como se algo estivesse estourando e escutou também “um som compatível com um som de vazamento de gás, seguido de um cheiro muito forte de gás”.
Ele relatou que avisou para dois vigilantes do restaurante Coco Bambu sobre o ocorrido e ainda tentou entrar em contato com o gerente do restaurante e com o Corpo de Bombeiros, mas sem êxito. A explosão aconteceu as 6h30, o que dá um tempo de quase 3h de vazamento de gás.
“Analisando as imagens aéreas após a explosão e os vetores de arremesso de destroços do restaurante que apontam para a cozinha, além de um raio de destruição e de destroços que indicam a cozinha como o epicentro da explosão, assim, o local onde o vigilante relata ter ouvido o ruído e sentido o cheiro de gás, seria da cozinha do Restaurante Vasto”, diz o documento.
Segundo peritos, gato pode ter provocado vazamento de gás que resultou na explosão
O laudo mostrou ainda que nas dependências da cozinha pelas imagens do CFTV estava presente no local um animal doméstico de estimação, um gato, que transitava pela cozinha em vários pontos e em horário compatível com o momento em que o vigilante sente o vazamento de gás.
O felino que possuía porte e tamanho compatível para um possível acionamento acidental de equipamento ou em outro caso até mesmo retirada de mangueira de acoplamento, visto que no local fora identificado em alguns equipamentos conexão da mangueira por abraçadeira de pressão, sendo que pelas imagens o horário em que o felino é visto nas imagens é compatível com o horário relatado pelo vigilante em que ouve um barulho vindo da cozinha e posteriormente o cheiro de gás.
Os peritos relataram que o animal não pertencia ao restaurante e que sua presença no local era desconhecida.
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Fonte: Portal A10+