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O julgamento de Paulo Ferreira Pereira, apontado como mandante da execução de João Rodrigues Dias Neto, foi adiado nesta terça-feira (4) no Tribunal Popular do Júri de São Raimundo Nonato, Sul do Piauí. O crime ocorreu na frente das filhas da vítima no dia 13 de setembro de 2022. O julgamento já havia sido suspenso após Defensoria pedir mudança de comarca.

A sessão não pôde ser realizada porque o número mínimo de jurados exigido por lei não foi alcançado. Segundo o advogado de acusação, Cícero Batista dos Santos Filho, houve recusas tanto da defesa quanto do Ministério Público e da assistência de acusação, o que reduziu a composição do Conselho de Sentença a apenas seis jurados, número insuficiente para prosseguir  ao julgamento.

“No procedimento do Júri existe um número de jurados e um número de suplentes e, para que seja composto o Conselho de Sentença e realizado o julgamento, é necessário um número mínimo de jurados presentes. No caso, com as recusas de direito da defesa, do Ministério Público e das assistentes de acusação, formou-se apenas seis jurados. Nesse caso, não foi contemplado o número mínimo para que seja realizada a sessão do Júri e o julgamento”, explicou o advogado.

Com a impossibilidade da formação do Conselho de Sentença, a magistrada responsável pelo caso remarcou a sessão. O novo julgamento ficou agendado para o dia 14 de novembro, segundo o advogado.

Sete pessoas foram pronunciadas pelo crime e devem ir a Juri Popular, são eles: Paulo Ferreira Pereira, Patrícia Ferreira Pereira e Luiz Ferreira dos Santos Neto pelo planejamento do assassinato, além de Juniel Assis Paes Landim, que foi o executor do crime, Juliermes Braga Paz Landim, que é amigo de Paulo, Mauro Viana de Almeida, que é casado com Patrícia, e Roniglesias dos Santos Silva.  

“Como o Paulo está preso, ele tem prioridade de ser julgado antes dos demais que estão soltos”, concluiu. 

Relembre o caso 

João Rodrigues Dias Neto, marido da empresária Valdenia Costa, secretária do Trabalho e Assistência Social de São Raimundo Nonato, foi executado a tiros na frente das filhas, quando as buscava em uma escola no Centro da cidade. O crime aconteceu no dia 13 de setembro de 2022. 

A investigação da Polícia Civil, apontou Paulo Ferreira como autor intelectual do homicídio. Ele e os irmãos teriam encomendado a morte de João Rodrigues, após ele se envolver em um acidente que vitimou o pai do suspeito.

O delegado geral da PC, Luccy Keiko relatou que o crime foi premeditado e que os suspeitos seguiram os passos da vítima e observaram o trajeto que ele fazia na cidade. A ordem, segundo investigação, era executar João Rodrigues na frente das filhas.

Quem serão julgados e o papel que cada um cumpriu no assassinato:

• Paulo Ferreira Pereira - filho do idoso e acusado de ser o mandante do crime. Ele foi preso no dia 20 de setembro;
• Juliermes Braga Paes Landim - amigo de Paulo, que teria guardado a arma de fogo usada no crime e presenciado todo o planejamento do assassinato;
• Juniel Assis Paes Landim - acusado de ser o executor do crime e  preso no dia 15 de setembro;
• Patrícia Ferreira Pereira - filha do idoso, irmã de Paulo Ferreira, apontado como o mandante do crime, que teria ajudado a planejar;
• Mauro Viana de Almeida -  marido de Precília e cunhado de Paulo, que é suspeito de saber do plano para matar o empresário e participar do pagamento;
• Ronigleisias dos Santos Silva - mototaxista, fazia alguns trabalhos para Paulo, e segundo a polícia, é apontado como o responsável por ceder o carro usado na logística de fuga que levou Juniel, o executor, a São Lourenço do Piauí. Ele também teria cedido seu veículo para fazer o levantamento da rotina da vítima;
• Luiz Ferreira dos Santos Neto - filho do idoso e irmã de Paulo apontada por participação na dinâmica e logística do crime.

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Fonte: Portal A10+